Após pagar fiança de R$ 42.360, o equivalente a 30 salários mínimos, o treinador do time feminino JC Futebol Clube, Hugo Duarte, recebeu liberdade provisória nesta quarta-feira (10). O técnico português da equipe amazonense estava detido desde segunda-feira (8) por ofender racialmente a zagueira Suelen Santos, do Bahia. Na ocasião, Suelen afirmou ter sido chamada de “macaca”. As informações são do Observatório Discriminação Racial no Futebol.
Em entrevista ao Jornal Correio, o presidente do JC Futebol Clube, João Carlos Dias Campos, afirmou que o departamento jurídico mantém a apuração das imagens para definir as medidas a serem adotadas pelo clube do Amazonas. A expectativa é que um novo posicionamento seja divulgado pela equipe ainda nesta quinta-feira (11).
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Hugo Duarte estava preso em Salvador (BA). Com a liberdade provisória, ele poderá retornar a Manaus, no Amazonas, local em que reside. No entanto, apesar de solto, o técnico do JC Futebol Clube precisará comparecer a todos os atos processuais, mesmo que ocorram na Bahia. Além disso, o Observatório pontua que Duarte precisará se apresentar à delegacia mensalmente e deve manter o endereço atualizado.
Por se tratar de liberdade provisória, Hugo Duarte não poderá se aproximar da vítima – no caso, da zagueira Suelen dos Santos –, nem entrar em contato com ela e/ou com familiares. O treinador do time amazonense também está proibido de sair da comarca de Manaus sem permissão das autoridades judiciais e de se ausentar mais de oito dias da própria residência sem autorização judicial.
Relembre o caso
O treinador do JC Futebol Clube do Amazonas, Hugo Duarte, foi detido pela Polícia Civil por suspeita de injúria racial após o empate com o Bahia, no estádio de Pituaçu, em Salvador (BA), na última segunda-feira (8).
Apesar do empate, o placar favoreceu o Bahia, levando o time à primeira divisão do futebol feminino. Ao ver a comemoração da equipe baiana, instalou-se uma confusão entre as jogadoras das duas equipes, quando Duarte proferiu a fala racista contra a zagueira Suelen, que registrou o caso.