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Tiroteios durante ações policiais crescem em Pernambuco, aponta estudo

Levantamento realizado pelo Instituto Fogo Cruzado também avaliou os estados do Rio de Janeiro e da Bahia
Imagem mostra algumas fotos de vítimas da polícia militar de Pernambuco estendidas no chão.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

31 de janeiro de 2024

As ações policiais que resultaram em confronto armado na região metropolitana de Recife aumentaram 48% em 2023, em relação ao ano anterior. As informações são do levantamento divulgado pelo Instituto Fogo Cruzado nesta segunda-feira (29).

O aumento de confrontos envolvendo a polícia em Pernambuco supera o crescimento da violência armada em toda a região metropolitana do estado, que foi de 8%. Somente no ano passado, a organização não governamental registrou 99 tiroteios nessa região. 

Entre as 2.076 pessoas baleadas no Grande Recife, 113 (5%) foram atingidas por agentes policiais. A cifra representa um aumento de 66% em comparação ao número de baleados em ações da polícia em 2022 na região. Houve ainda a participação da polícia em quatro das 11 chacinas ocorridas na região metropolitana, segundo o Fogo Cruzado.

O estudo também examinou os dados sobre violência armada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Salvador. 

Na Grande Rio, houve uma redução no número total de mortes e tiroteios relacionados a esses incidentes de 2022 para 2023. No entanto, a atuação da polícia em tiroteios permaneceu constante. Em 2022, 35% dos confrontos armados envolviam policiais. No ano seguinte, esse percentual foi de 34%.

Em Salvador, a polícia participou de 37% dos 1.804 tiroteios registrados na região metropolitana. Dos 1.783 baleados, 639 (36%) foram atingidos durante operações policiais realizadas no estado.

Além disso, trinta e três chacinas (69%) das 48 que ocorreram na Grande Salvador, envolveram a polícia baiana. No total, as chacinas deixaram 190 mortos, dos quais 136 foram vitimados nas 33 ocorrências que tiveram envolvimento de policiais.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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