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Adolescente é suspeito de atear fogo em mulher trans no Recife

A vítima, que é negra e vive em situação de rua, teve 40% do corpo queimado e está internada em estado estável

Texto: Redação | Imagem: Reprodução

Na imagem, o Cais de Santa Rita, local do crime de transfobia.

25 de junho de 2021

Na madrugada da última quinta-feira (24), um adolescente ateou fogo em uma mulher trans no Cais de Santa Rita, centro de Recife (PE). A vítima teve 40% do corpo queimado e foi levada ao Hospital da Restauração pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU). Identificada como Roberta, a mulher, que é negra e vive em situaçao de rua, tem o quadro de saúde estável, mas ainda não tem previsão de alta.

Segundo informações da Polícia Militar de Pernambuco, policiais foram acionados durante um patrulhamento próximo do Terminal de Ônibus do Cais de Santa Rita, quando foram acionados e encontraram o corpo em chamas.

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O adolescente, suspeito do crime, tentou fugir mas foi apreendido e encaminhado para a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), que segue investigando o caso. Sua identidade não foi revelada.

Em suas redes sociais, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), determinou que a Secretaria de Desenvolvimento Social acompanhará o caso e dará toda a assistência necessária para Roberta. A tentativa de homicídio ocorre no mês do Orgulho LGBTQIA+.

“O que aconteceu é intolerável, atinge a todos e todas nós, comprometidos com a causa dos direitos humanos e do enfrentamento a qualquer tipo de violência e preconceito”, diz o prefeito em sua rede social.

A deputada estadual em São Paulo Erica Malunguinho, que é pernambucana, se pronunciou também em sua conta no Twitter sobre o caso de transfobia: “Ontem, uma mulher trans foi incendiada viva por um adolescente no Cais de Santa Rita, no centro da cidade do Recife. Vejam: que projeto de país é esse que ensina adolescentes a odiar travestis ao ponto de atear fogo?”, questiona a parlamentar. 

Já a codeputada do mandato coletivo Juntas, Robeyoncé Lima (PSOL), esteve nesta sexta-feira (25) no hospital em que a vítima está internada e compartilhou o que viu: “Gostaria de fazer algumas colocações sobre o caso de Roberta, mulher trans que teve 40% do seu corpo queimado em Recife. A primeira delas é que quando cheguei no hospital ela estava na ala masculina, sem o respeito ao nome social. Prontamente conversamos com ela e intervimos na situação”.

Leia mais: A transfobia no Brasil tem cor, revelam estatísticas

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