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UFABC pode ser primeira universidade a ter cotas para pessoas trans via SISU

22 de outubro de 2018

Atividade no dia 23 de Outubro, em defesa da aprovação, terá arguição de Erica Malunguinho e Erika Hilton, deputadas estaduais trans e negras de São Paulo

Texto/Divulgação

Imagem/Reprodução

O Coletivo LGBT Prisma – Dandara dos Santos mobiliza para o dia 23 de Outubro, a partir das 14h, uma manifestação para acompanhar a votação do Conselho Superior da universidade sobre a adoção de cotas para pessoas trans na instituição. O diálogo acontece na Sala dos Conselhos, Bloca A, na Avenida dos Estados, 5001, Santo André.

Haverá participação das deputadas estaduais eleitas pelo PSOL em São Paulo, Erica Malunguinho, fundadora da Aparelha Luzia, e Erika Hilton, integrante da Bancada Ativista. As duas farão uma arguição em defesa da ação de cotas trans na universidade.

Os integrantes do coletivo ressaltam a importância da mobilização para que os professores adotem a proposta dos alunos. O projeto já foi aceito em todos os órgãos colegiados da instituição. A última votação, que pode ratificar a conquista, depende do Conselho Superior.

Depois da sessão, os membros do coletivo organizam também um TranSarau, como forma de comemorar a conquista, em caso de vitória, e em forma de resistência, caso o retorno seja negativo por parte do Conselho Superior.

Em nota enviada ao Alma Preta, os integrantes do coletivo afirmam que a luta existe para valorizar a comunidade trans. Dados da (ANTRA) apontam que 90% da população trans no Brasil está na prostituição e que de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), a expectativa de vida das pessoas trans no país é de 27 anos.

“A nossa luta é pela cidadania das pessoas trans. As cotas trans não são o fim e sim um dos meio. É uma das ações que visam a inclusão e a inserção das pessoas trans, que são vítimas da exclusão social, marginalização e violência de todos os tipos desde a infância”.

O coletivo também ressalta a importância dessa vitória em meio ao contexto político vivido pelo país.

“Esses dados apontam uma peculiaridade da população trans de todas as outras, ainda que isso se cruze a outras opressões de raça e de orientação sexual. Lutar pelas cotas trans é lutar contra o fascismo, é ir na contramão da atual conjuntura política”.

Histórico e contexto nacional

A luta dos estudantes da UFABC começou no início de 2017, quando se conquistou a utilização do banheiro para as pessoas trans de acordo com a sua identificação. Na mesma época, uma trabalhadora negra e trans da limpeza também fez uma denuncia de transfobia institucional da universidade. Os dois casos motivaram os alunos a iniciar a investida de cotas para pessoas trans.

 No Brasil, apenas duas universidades possuem reserva de vagas para pessoas transgêneras na graduação, a Universidade Estadual da Bahia (UEB), e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). As demais instituições de ensino superior com reserva de vagas para pessoas trans têm apenas para a pós-graduação. A UFABC será a primeira a adotar via SISU, sistema para a entrada de pessoas pela prova do ENEM

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