PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Unicamp forma 1ª turma do curso de medicina com cotas raciais

Avanço histórico reflete aumento na inclusão e na diversidade na universidade; políticas de cotas continuam a se expandir
Imagens de estudantes cotistas da Unicamp em frente a um Baobá plantado para celebrar a conquista histórica.

Imagens de estudantes cotistas da Unicamp em frente a um Baobá plantado para celebrar a conquista histórica.

— Keyla Sacramento/Arquivo Pessoal

9 de dezembro de 2024

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) celebrou, em dezembro de 2024, a formatura de sua primeira turma de medicina composta por estudantes que ingressaram através da política de cotas étnico-raciais, implementada em 2019. 

O marco reflete os esforços da instituição em promover maior inclusão e equidade no ensino superior, consolidando sua posição de destaque como uma das universidades mais importantes da América Latina e a segunda mais renomada do Brasil.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Antes da adoção das cotas, apenas 22% dos ingressantes da Unicamp eram pretos ou pardos. Com a implementação da política, esse índice saltou para 35% em 2019, evidenciando o impacto positivo da iniciativa. A informação é do portal Brasil de Fato.

Segundo a Diretoria Acadêmica da Unicamp, entre 2017 e 2022, o número de estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas aumentou 91%. Em 2017, quando as cotas raciais foram aprovadas, esse grupo representava 14,8% dos matriculados nos cursos de Graduação e Pós-Graduação, enquanto em 2022 passou a somar 26,5%, com 8.575 estudantes.

No mesmo mês, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) também comemorou a conclusão da primeira turma com ingresso por cotas raciais. Na USP, 50% das vagas são reservadas para cotistas, sendo 36% destinadas a estudantes pretos, pardos e indígenas.

Unicamp amplia políticas de cotas

A Unicamp segue expandindo suas políticas de inclusão. Para 2025, duas novas modalidades de reserva de vagas foram anunciadas. A primeira é um programa piloto para a contratação de professores doutores pretos e pardos e de pessoas com deficiência (PCDs) na carreira do magistério superior. A segunda é a implementação de cotas para PCDs nos cursos de graduação, reservando uma ou duas vagas por curso, ou até 5% do total, dependendo da oferta de vagas adicionais.

No caso das vagas docentes, candidatos PCDs poderão concorrer simultaneamente às vagas de ampla concorrência e às reservadas, sendo aprovados conforme a classificação. Já para as vagas de graduação, a inscrição incluirá a apresentação de documentos médicos, que serão avaliados por uma junta especializada.


Texto com informações do Brasil de Fato.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano