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Vídeo mostra PM atirar em homem negro pelas costas em mercado de São Paulo

Vídeo publicado pelo rapper Eduardo Taddeo mostra PM atirando diversas vezes contra o homem negro em unidade da OXXO na cidade de São Paulo
A imagem mostra o momento onde o PM atira diversas vezes contra Gabriel Renan da Silva Soares.

A imagem mostra o momento onde o PM atira diversas vezes contra Gabriel Renan da Silva Soares.

— Reprodução / Instagram

2 de dezembro de 2024

Nesta segunda-feira (2), o rapper e ex-integrante do grupo Facção Central, Eduardo Taddeo, compartilhou um vídeo do momento em que seu sobrinho é executado por um agente da Polícia Militar do Estado de São Paulo em uma unidade do mercado Oxxo, na Zona Sul da capital paulista.

O crime ocorreu no dia 3 de novembro deste ano. Gabriel Renan da Silva Soares foi assassinado dentro do estabelecimento com, ao menos, oito tiros pelo PM Vinicius de Lima Britto, que estava de folga. A vítima foi alvejada enquanto estava de costas por tentar furtar dois produtos da loja.

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De acordo com reportagem do Brasil de Fato, o Boletim de Ocorrência foi registrado com a versão do policial, no qual indicava que a vítima afirmava estar armada. No registro, Brito alega que foi obrigado a efetuar os disparos contra o homem negro. Com a vítima, foram encontrados um cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), dois pedaços de papel, uma nota de dólar e duas fotografias.

O vídeo compartilhado por Taddeo nas redes sociais mostra seu sobrinho entrando e saindo correndo do mercado. O policial sai do caixa e vai até a porta, onde começa a atirar diversas vezes contra a vítima.

“Com as imagens da loja, está provado que meu sobrinho Gabriel foi covardemente executado. Não houve abordagem ou voz de prisão, simplesmente oito tiros em legítima defesa do racismo e do capital dos grandes conglomerados de exploradores. Não será mais um número estatístico!”, declarou Eduardo Taddeu na publicação.

A Alma Preta questionou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) sobre a atuação do policial militar, mas não obteve resposta até o momento da publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Texto com informações do Brasil de Fato.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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