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Viúva de João Alberto recusa indenização ofertada pelo Carrefour

O valor oferecido de R$ 1 milhão foi comparado com a quantia paga pela multinacional no caso do cachorro Manchinha, morto em 2019 na unidade de Osasco

Texto: Redação | Imagem: Yago Rodrigues

3 de abril de 2021

Milena Borges Alves, viúva de João Alberto Freitas, homem negro assassinado por seguranças do hipermercado Carrefour em Porto Alegre no ano passado, recusou a proposta de indenização oferecida pela empresa. O valor proposto no acordo era de R$ 1 milhão, de acordo com o advogado de Milena, Carlos Barata.

Os advogados da viúva de João Alberto criticaram o valor oferecido pela multinacional comparando o valor oferecido de indenização pela quantia paga pelo Carrefour após a morte do cachorro Manchinha, agredido por um segurança na sede da rede em Osasco, em 2019.

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“Não podemos deixar de comparar o Manchinha com o Nego Beto (apelido de João Alberto). Parece grosseiro fazer este comparativo, mas torna-se impossível não traçar um paralelo, pois parece que, para o Carrefour, o valor dado a vida de um cachorro e de um ser humano é exatamente o mesmo”.

De acordo com reportagem do UOL, os advogados de Milena devem entrar com na justiça e cobrar entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões, sendo metade do valor total por indenização de danos morais e a outra metade por dano material.

Segundo o Carrefour, acordos de indenização já foram fechados com quatro filhos, enteada e neta da vítima. O pai e a irmã de João Alberto já receberam o valor proposto. A rede em uma nota afirmou que o único acordo não firmado é o de Milena, que insiste por valores “não razoáveis e fora dos patamares jurisprudenciais”.

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