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Vulnerabilidade econômica expõe mulheres negras à violência doméstica, diz estudo

Entre as mais de 13 mil mulheres negras ouvidas pela pesquisa, 66% das vítimas de violência doméstica não tinham renda própria
Segundo a pesquisa do Instituto Data Senado, 66% das mulheres negras vítimas de violência doméstica não possuem renda para se sustentar.

Foto: Reprodução/Freepik

21 de novembro de 2024

No Brasil, o desamparo econômico pode representar um risco maior de exposição à violência doméstica para as mulheres negras. Segundo a recente pesquisa do Instituto Data Senado, cerca de 85% delas são obrigadas a conviver com o agressor devido à dependência financeira.

A pesquisa ouviu mais de 13 mil brasileiras negras com 16 anos ou mais e identificou que 66% das vítimas não possuem renda ou têm renda insuficiente. Em 2022, 55% das mulheres que sofreram algum tipo de violência notificadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) também eram negras.

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Somente 30% das mulheres negras que não rinham renda para se sustentar buscaram assistência de saúde após serem vítimas de violência grave. Das participantes ouvidas pelo Data Senado, 78% são mães e 58% têm ao menos um filho com menos de 18 anos.

Independente do nível educacional, mais de 60% das vítimas optaram por não procurar ajuda, o que, de acordo com o levantamento, evidencia uma “barreira significativa” no acesso às políticas assistenciais. Apenas 27% das mulheres negras que sofreram violência e não tinham meios para se sustentar solicitaram medidas protetivas na Justiça.

O documento analisa a suficiência das rendas individuais a partir do recorte racial, que aponta para um cenário de disparidade entre as mulheres brancas e amarelas em relação às negras. 

Mulheres brancas e amarelas com capacidade para se sustentar ou manter seus familiares somaram 42% do total, enquanto mulheres negras representaram 33%. Os índices para aquelas que não possuíam remuneração suficiente ou nenhuma renda foram de, respectivamente, 57% e 66%.

Texto com informações da Agência Brasil*

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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