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Afro Memória: Projeto promove preservação da história do Movimento Negro

Pesquisadores e organizações se unem por resgate, preservação e difusão de acervos das lutas antirracistas

Imagem: Arquivo Edgard Leuenroth (UNICAMP)/Acervo Geledés Instituto da Mulher Negra

Foto: Imagem: Arquivo Edgard Leuenroth (UNICAMP)/Acervo Geledés Instituto da Mulher Negra

1 de novembro de 2022

A captação, catalogação e publicação de registros da luta antirracista são essenciais para a preservação da memória negra. O Projeto Afro Memória trabalha intensamente para que essa história possa ser acessada por toda a sociedade. Nos últimos 3 anos, foram captados 13 acervos relativos aos movimentos negros brasileiros. 

O Afro Memória se consolidou em 2019 por meio de parcerias desenvolvidas entre diferentes instituições. O projeto recupera a documentação de ativistas e organizações negras importantes na história recente do Brasil, das lutas em defesa da democracia, por direitos e de combate ao racismo. 

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O projeto Afro Memória resulta de um esforço coletivo que envolve o AFRO-CEBRAP, linha de pesquisa “Hip hop em trânsito” do Centro de Estudos de Migrações Internacionais da Unicamp, Projeto Memory and Identity in Afro Brazilian Archives, da Universidade da Pensilvânia e o Arquivo Edgard Leuenroth (AEL/Unicamp), onde são preservados e disponibilizados para pesquisa. As atividades contam com apoio da da Porticus Foundation, Instituto Ibirapitanga, FAPESP, Fundação Tide Setubal, Open Society, UCLA Archives in Danger e Universidade da Pensilvânia.

GeledesCartaz do II Encontro de Mulheres Afrocaribenhas e Afrolatinoamericanas, ocorrido em 1996 | Créditos: Arquivo Edgard Leuenroth (UNICAMP)/Acervo Geledés Instituto da Mulher Negra

Entre os ativistas cuja a trajetória de vida estão sendo documentadas estão Reginaldo Bispo e Margarida Barbosa, Milton Barbosa, Januário Garcia, Chico Piauí e Jacira Silva, Alexandre de Maio, Estevão Maya Maya, José Correia Leite, Azoilda Trindade e as organizações Geledés Instituto da Mulher Negra, Soweto Organização Negra, CEERT e Quilombhoje.

No ano de 2021, a partir do entendimento do movimento hip hop como parte importante da cultura negra, o Afro Memória passou a abrigar também os acervos dos intelectuais e artivistas (artistas ativistas) do hip hop. Para o estudo e catalogação desses acervos foi criado o Arquivo Brasileiro de Hip Hop no AEL/Unicamp, que hoje abriga o acervo de figuras referências do Hip Hop nacional, como King Nino Brown e Alexandre de Maio doador de todas as edições da revista Rap Brasil. 

Parte dos acervos já se encontra disponível para consulta pública. Para além da vasta pesquisa documental, a parceria também realiza seminários e publicações com o objetivo de difundir o legado da população negra.

Leia também: Afro Memória: 40 anos da candidatura de Milton Barbosa, a primeira do MNU

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