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Agenda coletiva do Julho das Pretas conta com mais de 300 atividades por todo país; Confira

Iniciativas incluem rodas de conversa, oficinas, feiras virtuais, apresentações e outras ações que enfatizam a relevância e contribuição das mulheres negras

Texto:  Redação | Foto: Divulgação/Getty Images

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8 de julho de 2021

No Julho das Pretas, diversos coletivos, organizações, associações e demais movimentos se organizam em uma agenda nacional em celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latino-Americana e Caribenha, comemorado no dia 25 de julho.

Na 9ª edição deste ano, o tema é “Para o Brasil genocida Mulheres Negras apontam a solução”, que apresenta iniciativa de mulheres negras para denunciar as diversas formas de violência contra a população negra a partir da luta antirracista e antipatriarcal.

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Ao todo, estão previstas 322 atividades para o Julho das Pretas, que incluem rodas de conversa, feira virtual, apresentações artísticas, oficinas, campanhas, entre outros. Por causa da pandemia, a maioria das ações serão realizadas de forma online e transmitidas pelas redes sociais.

As iniciativas buscam discutir diversas temáticas como: participação política, protagonismo das mulheres na academia, empreendedorismo, espiritualidade, experiências coletivas, feminismo negro, violências, saúde mental e muito mais assuntos voltados tanto para as crianças quanto para as jovens e idosas.

Para Valdecir Nascimento, doutora em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo/NEIM – UFBA e Coordenadora de Programa do Odara – Instituto da Mulher Negra, a movimentação que começa com o Julho das Pretas permite com que os movimentos negros femininos aprimorem as formas de intervenção nas discussões pautadas em sociedade, além de representar um fator significativo para as eleições do próximo ano.

“Desde o primeiro momento, a gente tem percebido que de alguma forma as estruturas têm sido balançadas por essas ações. Por essa forma de articulação temos conseguido pautar de alguma forma o poder hegemônico. Então, por mais que eles digam nas suas formas de atuação e o poder tente ignorar a nossa presença nessa arena de disputa, tem termômetros que dizem para a gente que eles não tem conseguido e não tem sido possível ignorar essas essas intervenções […] Quando a gente percebe a apropriação das nossas narrativas,  das nossas temáticas, da nossa nossa estética e da movimentação da sociedade, como ela tem se moldado, a gente vê que nós temos influenciado, sim. Nós percebemos que isso é poderoso. E o resultado da eleição está dentro desse contexto”, pontua a coordenadora.

A programação teve início no 1º de julho e se estende até o final do mês, dia 31, quando estão previstas atividades de distribuição de roupas, calçados e comida, uma live sobre insegurança alimentar, a “Afroconect@: Feira das Pretas do Sul da Bahia”, oficina de turbantes, encontro de mulheres negras urbanas e quilombolas e discussões sobre equidade racial.

Toda a programação pode ser conferida na Agenda Virtual da 9ª edição do Julho das Pretas, organizada pela ONG baiana Instituto Odara, pela Rede de Mulheres Negras da Região Nordeste e a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB).

Leia também: Prêmio Maria Felipa homenageia mulheres que atuam pelos direitos humanos

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