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Artista pernambucano explora o corpo humano em exposição interativa

Em mostra individual intitulada “Impressão Corporal”, França Bonzaion dá vida às suas telas em uma ambientação digital que oferece um passeio em 360 graus para oferecer aos visitantes uma experiência mais interativa e sensorial 

Texto: Victor Lacerda / Edição: Lenne Ferreira / Imagem: Divulgação

 

 

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4 de março de 2021

Em tempos de pandemia, o fazer artístico passou por variações no processo de produção, execução e apresentação, incorporando novos elementos em sua cadeia. O desafio de explorar novos caminhos fez o pernambucano França Bonzaion cair de cabeça na experimentação. Em sua terceira exposição individual, batizada de “Impressão Corporal”, o artista decidiu pintar suas telas com partes do seu próprio corpo e inserí-las em um ambiente de interatividade virtual. 

Como o próprio nome da mostra sugere, ao todo, seis telas foram criadas usando antebraços, mãos, pés, joelhos, costas e panturrilhas, todos em movimentos fortes. A segunda etapa de construção das obras se deu por meio de linhas realçadas por pincéis e palitos, com um olhar mais delicado sobre as imagens formadas pelo corpo, resultando em novas texturas e formas que, até entao, ainda não haviam sido exploradas pelo artista. 

Bonzaion afirma que, neste momento específico de lançamento da exposição, sua carreira também está marcada pela troca do uso de técnicas, ao desbravar a pintura em um viés menos realista e mais abstrato. “Sempre gostei de abstração, mas nunca me coloquei a fazer nada nesse sentido, então era o momento de experimentar. Nem pensei tanto, comecei a imprimir várias mãos na tela, atacando. Fui notando que poderia fazer isso com todas as partes do corpo”, conta França.

Ainda segundo o artista, até o processo de interpretação da obra pôde ser ampliado a partir do uso de novas linguagens em suas produções. Para Bonzaion, esse caminho permitiu que diferentes distâncias de olhares, mais aproximados ou distanaciados das obras, sejam capazes de visualizar diferentes camadas e texturas. A ambientação virtual também possibilitou ao artista a promoção da democratização do acesso à arte e a ruptura da distância física. 

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“Acredito que o espaço virtual é uma possibilidade para isso, uma ferramenta que nós temos de viabilizar o acesso, sabendo que ainda nem todos tem acesso à internet. Apesar dessa tecnologia estar amplamente difundida, bem mais que outras, como rádio e televisão, importante ressaltar que existem pessoas que não conseguem ter um acesso tão simples, uma série de limitações, no sentido de ter um aparelho compatível, uma rede acessível, entre outros. Mesmo assim, acredito que a internet viabiliza esse crescimento da democratização do acesso”, pontua. 

A história da composição e mais detalhes das telas podem ser vistas pelo link. “Impressão Corporal” é fruto do incentivo da Lei Aldir Blanc, em Pernambuco, e também conta com apoio da CEÇA, um espaço colaborativo, no Centro do Recife, que abriga as obras físicas da exposição em sua galeria, disponível para visitação até o fim deste mês.  

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