Baiana System é uma das principais atrações do carnaval de Salvador; durante apresentação do grupo, houve uma homenagem e recordação ao empresário agredido em agência da Caixa Econômica Federal
Texto / Jonas Pinheiro
Imagem / Divulgação
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O grupo Baiana System lembrou o caso de racismo que sofreu o empresário Crispim Terral, 34, no último dia 19 de fevereiro numa das agências da Caixa Econômica em Salvador.
Durante a apresentação no tradicional circuito Barra-Ondina, nesta quinta-feira (28), puxando o Navio Pirata, trio carnavalesco do grupo, o vocalista da banda, Russo Passapusso, entoou o nome de Crispim Terra mais de uma vez. O caso ganhou repercussão durante a semana após o vídeo gravado pela filha de Crispim ter viralizado.
Um dos “padrinhos” do grupo, o rapper carioca BNegão, também lembrou do caso de racismo. “Essa é para aqueles que acham que o EUA querem dar ajuda humanitária a Venezuela, para aqueles que acham que o caso de Crispim Terral não foi racismo”, falou o rapper antes de cantar a música “Dança do Patinho”.
Manifestações políticas já se tornaram comum nos shows de Baiana System. Em 2017 o grupo que se apresentava no mesmo circuito e entoou um grito de “Fora Temer”. O caso gerou tanta polêmica, que a banda quase foi boicotada no ano seguinte. Neste ano de 2019, Baiana System fez sua primeira e única apresentação na festa.
Além de Crispim Terral, foram lembrados também Mestre Moa do Katendê e Marielle Franco, assassinados em 2018. O ex-presidente Lula, que segue preso em Curitiba, também foi mencionado por Russo Passapusso que gritou “Lula Livre”. O atual presidente Jair Bolsonaro foi outro político “homenageado”, dessa vez pelo público que gritou em determinado momento “Hey Bolsonaro, vai tomar no c*”.