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Banda Panteras Negras disponibiliza cursos online sobre musicalidade para juventude negra

Primeira banda instrumental de mulheres negras e LGBTQIA+ do mundo, grupo de Salvador disponibiliza vídeo-aulas com o intuito de dividir conhecimento sobre a musicalidade brasileira para adolescentes de periferia; material está disponível no Canal EstaçãoZinha.

Texto: Redação / Edição: Lenne Ferreira / Imagem: Divulgação

 

Banda Panteras Negras disponibiliza cursos online sobre musicalidade para juventude negra

12 de março de 2021

Com o intuito de oportunizar aos corpos pretos, periféricos e dissidentes a participação ativa na educação e produção musical, a primeira banda instrumental de mulheres negras e LGBTQIA+ do mundo, ‘Panteras Negras’ acaba de disponibilzar material dedicado à formação da juventude. O conteúdo, disponível no Canal EstaçãoZinha, integrou a 2ª edição do ‘Festival Panteras Negras Convida’, que contou com programação composta por vídeo-aulas ministradas no último fim de semana.

O encontro virtual aconteceu nos últimos dias 13 e 14 de março e levaram ao público adolescente quatro oficinas com média de 10 minutos cada, que já estão disponíveis de modo permanente no Canal EstaçãoZinha. A produtora independente foi fundada por Ziati Franco, homem trans negro, contrabaixista, produtor e compositor, que durante mais de 10 anos, viveu sua vida artística em um corpo negro feminino lésbico da periferia.

Para o grupo, a ideia da ação também teve como objetivo principal a ruptura com as estruturas do racismo, machismo e lgbtfobias que limitam a qualificação e o acesso destes sujeitos à economia criativa da cultura. A banda Panteras Negras, formada por Dedê Fatuma (percussão), Line Santana (bateria), Suyá Synergy (guitarra) e Ziati Franco (baixo), tem raízes periféricas nos bairros Periperi, Pirajá e Engenho Velho de Brotas e oferece o conhecimento e buscas autodidatas às juventudes das comunidades que compõem suas ancestralidades.

“Queremos trazer um arte que desperta, que fortalece vínculos, que abre caminhos de comunicação pedagógica. Com isso, conseguimos construir pontes harmônicas com quem está aprendendo, inserindo políticas afirmativas no ensino, semeando a arte de uma visão ampliada, múltipla, diversa. O nosso recado com o evento, enquanto primeira banda instrumental de mulheres negras LGBTQIA+ no mundo, é dizer para a juventude negra o quão ela é potente, trazendo amor na aprendizagem, mas, também, estímulos ao pensamento crítico”, afirma a percussionista Dedê Fatuma.

Os dois dias de programação online contaram com bate-papos musicais e lives shows que atravessaram gênero, raça, sexualidade, ancestralidade e musicalidade negra e dividem a importância da re-existente e sobrevivente potência do povo negro na música. O projeto é contemplado pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, da Fundação Gregório de Mattos, viabilizado pela Prefeitura de Salvador, com recursos da da Lei Aldir Blanc.

O canal EstaçãoZinha disponibilizou vídeo-aulas sobre Produção Musical, ministrada por Suyá; Estratégias de Interatividade nas Rede Sociais com Ziati Franco; Bate papo musical com “Papo Panteras com As Mambas”;  Vídeo-aulas sobre Percussão baiana com Dedê Fatuma e Line Santana; Bate papo musical com “Papo Panteras com Daniela Nátali, Gabriela Wara Rêgo e Karen Silva”. Os conteúdos também contam com tradução em libras.  

 

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