PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Batalha de rima em SP celebra 50 anos do Hip-Hop e reúne júri com Kamau e Clara Lima

Competição passou pela capital paulista e elegeu três novos nomes que vão competir pelo título nacional de melhor MC de 2023
Imagem mostra batalha de rima com um homem em pé com microfone na mão, três pessoas sentadas em bancos altos com prancheta nas mãos.

Foto: Fabio Piva/Red Bull Content Pool

29 de agosto de 2023

Em busca dos mestres do improviso, no último sábado (26), a capital paulista recebeu a etapa regional do “Red Bull FrancaMente”, uma das maiores batalhas de rima do país para descobrir quem são os novos talentos do rap nacional.

Nessa etapa classificatória, 16 MCs se enfrentaram no estilo “mano-a-mano”. E após mostrarem suas melhores rimas, os três melhores classificados garantiram vagas para a final nacional, que será no dia 30 de setembro, na Audio Club, também em São Paulo.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Com apresentação de MC Dory de Oliveira, a seletiva paulista teve público contagiante. Para chegarem à fase classificatória, os MCs passaram pelo crivo dos jurados Kamau, Clara Lima e Motta, que avaliaram os rimadores de acordo com conteúdo, técnica, musicalidade e performance.

“A sensação de ser campeão de uma batalha como essa é das melhores possíveis. No ano passado eu também venci a etapa de São Paulo do Red Bull FrancaMente, mas perdi no nacional e desde então fiquei com aquilo na minha cabeça, pensando que poderia ter ido mais longe”, disse Tubarão em declaração enviada pela assessoria do evento.

Cultura é o mais importante elemento do Hip-Hop, diz rapper Kamau

Falando sobre as batalhas e a importância do Hip-Hop, o rapper Kamau, em entrevista à Alma Preta, considera que, desde 1997, quando iniciou sua carreira, houve mudanças importantes no gênero. Entre elas, o artista elenca pontos como o aumento do profissionalismo, maior estruturação, e também o crescimento do interesse do público pelo gênero.

“A gente viu várias ondas vindo e passando, várias coisas novas que vieram para ficar. A internet mudou muito o jeito de se consumir o Hip-Hop — lembrando sempre que a cultura é o mais importante dos quatro elementos principais [do Hip-Hop]. Hoje, nós temos o break nas Olimpíadas, grafite nos museus, rap como tema de faculdade, rappers que se formaram e levaram o rap adiante de alguma outra forma”, comenta o rapper.

Para Kamau, essas mudanças devem continuar, mas precisam ser incentivadas.

“Muita coisa mudou e acho que a tendência é sempre melhorar, mas isso depende muito de quem propaga a essência que vem desde o começo”, conclui.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Bárbara Cavalcante

    Jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi, desde a adolescência é imersa em projetos sociais. Apaixonada por futebol e cultura pop, é nascida e criada na Zona Leste de São Paulo. Atua como social media e é aprendiz de redatora.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano