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Cinema negro não está nos shoppings

10 de junho de 2019

Em Belo Horizonte, centros culturais têm sido alternativa para assistir à produção nacional de cineastas negras e negros

Texto / Amanda Lira e Gabriel Araújo | Imagem / Coletivo Coisa de Preto

Uma reportagem do Projeto Enquadro:
o cinema negro de BH em retratos jornalísticos

Uma grande sala de projeções com poltronas confortáveis, luz controlada e projetores profissionais: o cinema é definitivamente um dos passatempos preferidos pelos brasileiros. Segundo dados da JLeiva, consultoria especializada em cultura, ao longo do ano de 2017, 64% dos brasileiros afirmaram ter frequentando salas de cinema nos doze meses anteriores: trata-se da segunda forma de lazer mais consumida, precedida apenas pelos livros (68%). As informações da Agência Nacional do Cinema (Ancine) referentes a 2018 corroboram os números. No ano passado, as grandes salas de cinema mobilizaram um público de mais de 160 milhões de espectadores apenas no Brasil.

Embora sejamos grandes consumidores de produtos audiovisuais, nem sempre nos vemos retratados em tela. Também segundo dados da Ancine, apenas um a cada dez filmes em exibição em 2018 foi produzido no Brasil. Quando falamos especificamente dos filmes nacionais dirigidos por pessoas negras, a aparição é ainda mais rara: a pesquisa mais recente do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), aponta que, de 2002 a 2012, apenas dois em cada cem cineastas com filmes em cartaz nos cinemas comerciais era negro.

Caso a incidência de filmes nacionais e a proporção de diretores negros nos cinemas comerciais tivesse se mantido, poderíamos supor que, em 2018, havia apenas duas chances em mil de que encontrássemos, dentre os blockbusters em cartaz, algum filme dirigido por um homem negro brasileiro. Já dentre as mulheres negras, segundo os levantamentos, a possibilidade sequer existiria.

“A relação que a gente estabelece com os filmes, em geral, não é a mesma relação de uma pessoa branca”, explica Tatiana Carvalho, professora de Cinema e Audiovisual no Centro Universitário Una, em Belo Horizonte, e coordenadora do projeto de extensão PRETANÇA – Afrobrasilidades e Direitos Humanos. “A gente não se vê representada. Não existe representatividade. Os corpos negros estão lá: segurando arma, em subemprego, em posições servis… Para quê eu vou lá me ver e me ofender? Eu não vou”.

Ainda não há dados exatos sobre a exibição de filmes dirigidos especificamente por pessoas negras no ano passado. No entanto, sabemos que despontou no Brasil em 2018 o segundo longa nacional de ficção realizado por uma mulher negra. “Café com canela”, dirigido por Glenda Nicácio e por Ary Rosa, rompeu um hiato de mais de três décadas sem mulheres negras por trás das concepção de longas-metragens.

A despeito da sua importância histórica, “Café com canela” teve uma circulação tímida se comparada a filmes nacionais produzidos por grandes produtoras audiovisuais. Em Belo Horizonte, por exemplo, o filme de Nicácio e Rosa foi exibido em apenas uma sala comercial: o Cine Belas Artes. Único cinema comercial de rua remanescente na cidade, o espaço é patrimônio do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMG e tem como foco a exibição de filmes do circuito alternativo, também conhecidos como “filmes de arte”.

Aberto a obras raramente incorporadas por cinemas comerciais “tradicionais”, o Cine Belas Artes localiza-se no Lourdes, um dos bairros mais caros da capital mineira – o que, por si só, já é um fator que impacta na definição do público frequentador. Já as demais salas comerciais de Belo Horizonte estão instaladas em shoppings centers: atualmente, há 14 desses cinemas espalhados pela cidade. Dado o histórico de exibições desses espaços, dificilmente encontraríamos neles um filme como “Café com Canela”.

A ausência de diretores negros no catálogo das grandes salas de exibição é fato. Em um dos shoppings com o ingresso mais acessível da cidade – o Shopping Norte -, por exemplo, dos 71 filmes que estiveram em cartaz em 2018, apenas 9 eram nacionais. Como prevíamos, nenhum deles era dirigido por cineasta negro ou negra.

Trailer de “Café com Canela”, filme dirigido por Glenda Nicácio e Ary Rosa, exibido no Cine Belas Artes em 2018

“Racismo institucional e estrutural”. Essa é a explicação dada por Tatiana Carvalho para a baixa representatividade de negros e negras por trás das produções que chegam aos cinemas comerciais. “Quem toma essas decisões [de escolha dos filmes] geralmente são homens brancos ou mulheres brancas que têm um tipo de enquadramento simbólico na cabeça”, explica.

A especialista também aponta a própria dinâmica de mercado como um obstáculo para a circulação das obras de cineastas negros. “Esse circuito comercial mais pesado, no Brasil, está muito à mercê das distribuidoras, que têm uma estrutura de marketing muito grande por trás. É quase sem erro pegar um filme da Marvel, por exemplo, porque não é só um filme. É todo um processo de criação de desejo em torno do filme. Esse é um problema do cinema brasileiro em geral”, argumenta Tatiana. “Soma isso ao racismo: imagina”.

 

A inexistência de filmes nacionais dirigidos por pessoas negras no shopping, contudo, está longe de significar ausência de produção. Aliás, 2018 foi, segundo o jornalista e crítico cinematográfico Heitor Augusto, o ano mais efervescente para a produção fílmica negra no Brasil, em especial na produção de curtas-metragens. “Esse foi o ano de mostrar a multiplicidade e o quão inevitável é a nossa existência no cinema. Foi um ano de individualidades, de vários tons de negro”, ressaltou o especialista.

Heitor destacou, ainda, os múltiplos espaços que têm sido ocupados por essas produções. “Foi um ano de dar check list em todos os marcadores meritocráticos. Vocês querem festival internacional? Tem. Querem prêmio? Tem. Quer filme de cabeça falante? Tem. Quer filme experimental? Tem”.

Se, existe, portanto, uma vasta produção negra no Brasil, onde a encontramos? Em Belo Horizonte, ao menos em 2018, a resposta foi dada por dois espaços culturais situados na região Centro-Sul da cidade. Ironicamente, ambos trazem no próprio nome a ideia de luxo e imponência. O Cine Sesc Palladium e o Cine Humberto Mauro – estrutura interna ao Palácio das Artes – foram responsáveis, no ano passado, por grande parte da programação fílmica alternativa da capital mineira.

Administrado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) desde 1999, o Cine Sesc Palladium exibiu, ao longo de 2018, centenas de filmes. As projeções foram dispostas em pouco mais de 20 mostras de cinema, dentre as quais duas se destacaram ao se voltarem especificamente para o cinema negro. Todas as sessões foram realizadas de forma gratuita e aberta à comunidade.

“Diretoras negras no cinema brasileiro”, uma das mostras promovidas pelo Cine Sesc Palladium, por exemplo, reuniu mais de 40 filmes entre longas, médias e curtas-metragens, totalizando quase 17 horas de exibições. Alguns dos destaques da programação foram os filmes “Kbela”, de Yasmin Thayná, “Rainha”, de Sabrina Fidalgo, e “Amor Maldito”, dirigido por Adélia Sampaio – a primeira diretora negra brasileira.

“Era uma mostra mais de panorama e de pensar o trabalho de mulheres negras que estavam produzindo e que já haviam produzido antes”, explicou a doutora em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Kênia Freitas, uma das curadoras da mostra.

“Essa mostra foi um recorte. As cineastas são diferentes e os trabalhos delas apontam para lugares diversos. Existem muitos outros recortes possíveis”, apontou Kênia ao falar sobre o processo de escolha dos filmes. Ao todo, a mostra contou com obras de quase 30 diretoras negras.

“O maior poder de curadoria é esse de você poder falar: não, pera, o espectro das coisas não é só esse que vai daqui – do cinema francês ou italiano – passando pelo cinema americano e acabou. Tem mais coisas. E essas coisas têm que ser vistas e discutidas para a gente ter uma outra lógica de pensar cinema”, frisou a especialista.

Quatro meses depois da mostra curada por Kênia, o coletivo belo-horizontino Coisa de Preto novamente levava olhares negros para o espaço do Cine Sesc Palladium. Dessa vez, era apresentada a programação da mostra “Negritude em Pauta no Audiovisual” que, além de privilegiar filmes de diretores mineiros, contou com mesas de debate sobre o cinema. Durante o evento, foram discutidas questões como o fortalecimento do cinema negro, o processo de direção de arte e o afrofuturismo.

Nas demais mostras promovidas pelo Cine Sesc Palladium ao longo do ano, no entanto, foram bem mais raras as aparições de cineastas negros. Das centenas de filmes exibidos, apenas obras como “Carolina”, de Jeferson De, “Travessia”, de Safira Moreira, e “Nada”, de Gabriel Martins conseguiram superar a barreira do excepcional e emplacar exibições na Mostra Cine-Livro e na 2ª Mostra SESC de Cinema.

“Tá num momento que tá na moda, né?”, constata Kênia, já emendando uma proposição. “Os espaços estão se abrindo? Então vamos lá. Vamos colocar os debates, vamos colocar os filmes, vamos aproveitar esse momento para fazer”, incentiva. Para a pesquisadora, aliás, é necessário que sejam realizadas cada vez mais mostras como essas. “Até para sair desse lugar de excepcionalidade do cinema negro brasileiro”, pontua.

Pauta Ex. Tradicional Foto 1

Em 2018, o Cine Sesc Palladium recebeu duas mostras sobre o cinema negro. Na foto, uma das sessões de debate da “Negritude em Pauta no Audiovisual”. Foto: Coletivo Coisa de Preto

Em outro palácio não tão distante

“Estamos sempre num eterno recomeçar a discussão? Um eterno ‘abrindo o debate’? Quando avançaremos e não precisaremos mais falar sobre a primeira vez em que esse tema foi contemplado?”. Foi com esses questionamentos que Heitor Augusto encerrou sua apresentação no seminário “O Negro e o Cinema Brasileiro”. O curso integrou a programação do 20º FESTCURTASBH, tradicional festival cinematográfico realizado em 2018 no Cine Humberto Mauro.

A quatro quarteirões do Cine Sesc Palladium, o Cine Humberto Mauro também se destaca por sua ampla programação audiovisual gratuita. Administrado pela Fundação Clóvis Salgado, vinculada à Secretaria de Cultura de Minas Gerais (SEC-MG), o Humberto Mauro conta com uma série de exibições distribuídas, basicamente, em cineclubes, mostras e festivais

Assim como o Cine Sesc Palladium, o Humberto Mauro não dispõe de um levantamento compilado dos filmes exibidos ao longo do ano. Com base no cruzamento das informações isoladas encaminhadas pela assessoria da entidade, verificamos que, em 2018, o Humberto Mauro sediou ao todo 15 mostras. Delas, onze foram dedicadas exclusivamente ao cinema estrangeiro em programações temáticas, como a mostra Ficção Científica Anos 50 e a mostra Eisenstein, dedicada ao cineasta soviético Serguei Eisenstein.

Se nas mostras existe predominância de direção estrangeira, é nos festivais que o Cine Humberto Mauro se destaca pela diversidade. Afinal, anualmente o espaço é sede de alguns dos principais eventos audiovisuais do estado, como o Lumiar – Festival Interamericano de Cinema Universitário, a Mostra CineBH, o Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte (FESTCURTASBH) e o forum.doc.

Na programação de todos os festivais abrigados pelo Cine Humberto Mauro em 2018 foi identificado um elevado índice de obras nacionais e uma aparição considerável de cineastas negros e negras por trás das telas. Um dos destaques, nesse ponto, foi a programação do 20º FESTCURTASBH, que contou, além do seminário, com a curadoria de Heitor Augusto. A vigésima edição do evento ocorreu em agosto e teve como tema central justamente o cinema negro.

A preocupação com a diversidade foi demonstrada em diversos momentos. Na mostra competitiva brasileira, por exemplo, cinco das 17 produções selecionadas foram dirigidas por pessoas negras, sendo duas mulheres e três homens. “Há alguns anos, o FESTCURTAS tem um movimento de repensar e remover a história do cinema e como ela é contada. Tem sempre uma história que é invisibilizada a partir das canônicas”, explica a coordenadora de programação e de curadoria do festival, Ana Siqueira. “Vimos um aumento expressivo de cineastas negros e da produção desses filmes e isso despertou um interesse nosso de pensar e discutir o cinema negro e de colocá-lo no centro do nosso debate”.

Segundo Ana, a participação de Heitor Augusto na curadoria da edição anterior também foi crucial para a decisão. “Em 2017, ele veio participar do júri internacional e nos provocou essa reflexão. Colocamos então esse desafio de pensar algo pro ano seguinte, uma prospecção de ir atrás e em busca”, explicou Ana. Além das mostras, o festival também disponibilizou ao público um catálogo com artigos e conteúdos relacionados ao cinema negro. “Tentamos contribuir com esse debate, deixando como legado a referência bibliográfica. A ideia é que isso possa transbordar um pouco”, aponta Ana.

A repercussão do 20º FESTCURTASBH foi positiva e satisfez às expectativas da organização do evento. “Houve um engajamento enorme do público e muito interesse da imprensa. Isso prova que há uma demanda reprimida. Queremos que não seja só uma moda, mas que a gente possa ver e pensar esse cinema”, constata Ana. A incorporação futura de novos profissionais na equipe, que garantam a representatividade nos processos de escolha e de criação do festival, também são preocupações indicadas pela coordenadora. “Estamos pensando juntos nessa luta. A gente está mais atento. Precisamos ter diversidade”.

A diversidade defendida por Ana Siqueira também foi encontrada no forum.doc – Festival do Filme Documentário e Etnográfico, promovido em novembro. Realizado no mesmo Cine Humberto Mauro, o evento tem, desde suas origens, nos anos 90, o objetivo de compartilhar filmes que não chegam às salas de cinema convencionais.

Com sessões dirigidas por indígenas e quilombolas, o festival também contou, no ano passado, com diversas obras de profissionais negros. Dentre os destaques da programação estavam “Noirblue – deslocamentos de uma dança” (2018), de Ana Pi, “Temporada” (2018), de André Novais Oliveira, e “Baixo Centro” (2018), de Ewerton Belico e Samuel Marotta.

Segundo a coordenadora do festival, Júnia Torres, integrante da organização desde a estreia do evento, nos anos 90, a proposta do forum.doc sempre foi de abarcar diferentes olhares e linguagens. “A gente já está com 22 edições. Essa questão, tanto da diversidade projetada pelos filmes, quanto da diversidade de autoria dos filmes – que vêm de vários universos sociais, de vários lugares sociais e de vários lugares de fala – talvez seja mesmo o conceito central do festival”, defende.

Sobre o processo de curadoria, Júnia aponta para a qualidade dos filmes selecionados. “A gente não passa os filmes por ‘cota’. Os filmes se defendem, os filmes são bons”, reconhece. “São filmes que nos fazem refletir sobre o mundo não de uma forma didática ou de uma forma onde o diretor tem a verdade e a palavra final. São filmes que fazem isso de uma maneira inventiva, em que o espectador tem que botar a cabeça pra pensar e tem que estar no filme junto. São esses os filmes que nos mobilizam e interessam”, pontua Júnia. “E filmes que estão em diálogo com as questões do nosso tempo – raciais, ambientais e existenciais, do cotidiano de grupos específicos”, complementa.

O futuro refletido no espelho

“Não lembro de ter visto uma mulher negra já de idade sendo filmada de uma forma tão afetiva”. Esse foi o comentário de Kênia Freitas, curadora da mostra no Cine Sesc Palladium, sobre a primeira vez em que assistiu ao longa “Ela volta na quinta” (2015), dirigido por André Novais Oliveira. Encanto semelhante ocorreu às participantes de uma mesa de debates que sucedia à exibição do longa “Café com Canela” no festival Lumiar, realizado no Cine Humberto Mauro em 2018. “É um olhar positivo sobre, para e da negritude”, comentaram. “Os personagens têm nome, têm família e têm profundidade. Não é um filme sobre racismo, mas sobre afetos”.

“Não tem mais volta”: essa foi a constatação pronunciada por quase todas as especialistas entrevistadas. Depois de um ano em que parte do circuito alternativo belo-horizontino deu maior visibilidade a imagens positivas de e das pessoas negras, Tatiana Carvalho, Kênia Freitas e Ana Siqueira acreditam, sim, que o cinema negro veio para ficar.

Pauta Ex. Tradicional Foto 2

Cena do longa-metragem “Ela volta na quinta”, dirigido por André Novais Oliveira, cineasta contemplado pelo catálogo do FESTCURTASBH em 2018

“Não estamos, de forma alguma, lidando com uma moda. O festival foi mais um início – um início forte – do que um encerramento de algo”, garante Ana Siqueira sobre a presença do cinema negro no FESTCURTASBH. “Está fora de cogitação não falar mais sobre”.

A coordenadora do evento projeta que, nas próximas edições, ainda que não esteja centralizada, a questão da negritude se fará presente. “Acredito que, aos poucos, o que tem que acontecer realmente é naturalizar essa presença”, afirma Ana, referindo-se ao caráter excepcional que costuma ser atribuído ao cinema negro em mostras e festivais. “O desejo que eu percebo, conversando com os cineastas é, de fato, o de não colocar esse cinema sempre com um qualificativo”.

Já para Kênia Freitas, a ocupação de espaços culturais como o Cine Humberto Mauro e o Cine Sesc Palladium são estratégicos, inclusive, para estabelecer diálogo com a branquitude, que não está acostumada a ver corpos negros positivamente representados em tela. “Esses são centros culturais que, querendo ou não, sempre foram dominados por uma elite cultural e intelectual que era branca e com curadorias que, predominantemente, refletiam esse lugar de construção de cinema”, constata. “Agora como esse público branco vai se mover dentro disso já não nos cabe mais. Acho que a gente também não deve perder tanto tempo querendo ser didático demais”.

Se 2018 foi um ano marcante para o cinema negro nos palácios da capital mineira, o desafio é pensar em como essa produção pode chegar a outros espaços, fora das regiões nobres da capital, e ser um espelho para uma população que, em geral, não se vê representada nas salas dos shopping centers. “Não é que eu acho que a gente não tem que conversar com os brancos, mas eu acho que fica mais potente e que é mais interessante se a gente faz para gente, se a gente faz o que a gente acredita”, aponta Kênia.

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O Projeto Enquadro é uma iniciativa experimental realizada por Amanda Lira e Gabriel Araújo como trabalho de conclusão do curso de Comunicação Social na Universidade Federal de Minas Gerais.

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