Bicampeã mundial, campeã pan-americana, duas vezes medalhista olímpica com a seleção brasileira, quatro vezes campeã da WNBA, a maior competição de basquete feminino do mundo. Essa é a trajetória de sucesso de Janeth Arcain, uma das maiores atletas que o esporte já teve.
Nascida em Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, Janeth deu início a sua carreira como atleta na intenção de ser jogadora de voleibol, mas após acompanhar o Mundial Feminino de Basquete de 1983, realizado no Brasil, optou pela bola laranja.
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Decidida, Janeth passou a jogar no Clube Recreativo Higienópolis, em Catanduva (SP), onde contou com o auxílio de sua mãe e da treinadora da equipe e se destacou. A jogadora ainda passou por outros seis times antes de ir para os Estados Unidos, onde deixou seu legado.
Janeth foi, literalmente, uma das primeiras atletas da WNBA, já que fez parte do primeiro ano da competição, em 1997. A brasileira foi a única das Américas a estar na temporada inaugural do torneio.
Escolhida pelo Houston Comets para atuar como armadora, Janeth Arcain defendeu o clube de 1997 a 2003 e depois em 2005. Lá, foi tetracampeã e fez parte do All-Star, campeonato festivo entre as melhores da temporada.
Pela seleção brasileira, Janeth foi convocada pela primeira vez em 1986. Defendeu o país nos Jogos Pan-americanos de 1991, em Cuba, e foi campeã após derrotar as donas da casa. Ao lado de Hortência e Magic Paula, Arcain liderou a equipe na conquista do Mundial de Basquete Feminino, em 1994, na Austrália.
Janeth Arcain é histórica. Ela participou das quatro primeiras Olimpíadas do basquete feminino brasileiro. Nos Jogos de Atlanta, em 1996, conquistou a medalha de prata e foi a maior pontuadora da seleção brasileira, com 142 pontos. Com 2.247 pontos na carreira, é a terceira maior cestinha da seleção. Em 2000, nos Jogos Olímpicos de Sidney, foi bronze, marcou 164 pontos e tornou-se a maior pontuadora do basquete em Olimpíadas. Recorde que foi batido anos depois.
No Pan-americano de 2007, disputado no Rio de Janeiro, a armadora encerrou sua carreira como profissional e levou para casa a medalha de prata. Em 2019, Janeth Arcain foi incluída no Hall da Fama do Basquete.