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Desfile da Paraíso do Tuiuti denuncia abusos da Marinha na Revolta da Chibata

A escola retratou o capitão João Batista Neves como opressor em fantasia na Ala 11
Imagem mostra ala no desfile da Paraíso do Tuiuti, no Rio de Janeiro.

Desfile da Paraíso do Tuiuti no Carnaval do Rio de Janeiro, em 2024.

— Reprodução/Instagram

13 de fevereiro de 2024

Quinta escola a desfilar na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira (12), a Paraíso do Tuiuti fez uma homenagem a João Candido, líder da Revolta da Chibata, com o samba-enredo “Glória ao Almirante Negro”.

A Ala 11 da agremiação trouxe a fantasia “Comandante Cruel”, que denuncia os abusos cometidos contra os marinheiros negros na época do levante, em 1910.

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O comandante em questão é o capitão João Batista Neves, oficial da marinha conhecido por agredir os marinheiros negros com castigos corporais. Na fantasia, a parte de cima da roupa representa o uniforme da marinha, enquanto a máscara de caveira retrata o algoz que o capitão foi na vida dos navegantes.

O homenageado João Candido era chamado de Almirante Negro e é um dos heróis abolicionistas do Brasil. Quem interpretou o almirante no desfile da Tuiuti foi Max Ângelo dos Santos, entregador de aplicativo que foi vítima de uma agressão racista em 2023.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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