Com o objetivo de construir um acervo sobre as atividades relacionadas à cultura de rua, especialmente no cenário hip hop do Espírito Santo, o DNA Urbano surgiu em 2009 como um espaço dedicado aos adeptos, pesquisadores e público em geral para que tenham uma fonte de informações feitas por quem mantém viva essa cultura de diferentes formas.
A iniciativa ocorre por meio de divulgação de artistas e eventos, bem com registros das ações por meio de fotos e vídeos.
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A frente do portal está o idealizador Adriano Smoke, o único a administrar o projeto desde o desenvolvimento completo do site até os conteúdos publicados. Ele conta que inicialmente a ideia era criar uma rede voltada exclusivamente para o movimento hip hop, mas que a necessidade de expandir para tudo o que envolve a cultura urbana, incluindo esportes como skate e parkour, não demorou a aparecer.
“No Espírito Santo, quase não há registros do que foi feito pelos adeptos à cultura hip hop ao longo do tempo e isso, de início, já limitou o site porque eu tinha contato com poucas pessoas do movimento e elas não abraçaram a causa. Então eu expandi a ideia para falar sobre toda a cultura de rua, mas sempre priorizando o graffiti, o break e o trabalho do MC e do DJ”, explica.
No site, está disponível uma galeria de fotos de eventos que aconteceram nos últimos anos, onde é possível encontrar materiais de artistas que deixaram um legado na cultura urbana.
“O objetivo principal é esse, manter um registro histórico do que a cultura urbana vem construindo, principalmente no estado capixaba, embora recebamos conteúdos de outras localidades”, acrescenta Smoke.
O trabalho realizado pelo DNA Urbano é reconhecido em todo o Brasil por meio de ações e projetos culturais tanto da esfera pública quanto da privada, incluindo diversas premiações, como o “Prêmio Agente Jovem de Cultura 2012” e o “Prêmio Funarte Cultura Hip Hop 2014”, ambos promovidos pelo até então Ministério da Cultura (MINC), além do “Doggueto da Cultura Hip Hop”, no qual o site venceu na categoria Veículo de Comunicação em três das quatro edições: 2015, 2017 e 2018.
“Os prêmios também fazem com que a galera de outros estados elogie bastante a ideia por motivar e mobilizar quem está envolvido no movimento, reconhecendo essas pessoas como profissionais, além de adeptos à cultura”, pondera Smoke.
Em 2019, o acervo completa 10 anos e o site foi reformulado para a publicação de materiais inéditos, como imagens que foram produzidas no decorrer do ano passado, mas que ainda não haviam sido disponibilizadas ao público.