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Exposição de Lita Cerqueira enaltece identidade e resistência do povo negro em Salvador

Mostra também celebra 50 anos da carreira da artista, que é considerada a primeira fotógrafa negra da Bahia
Fotografia de Lita Cerqueira mostra um pescador, próximo ao Mercado Modelo, em Salvador, Bahia.

Fotografia de Lita Cerqueira mostra um pescador, próximo ao Mercado Modelo, em Salvador, Bahia.

— Divulgação

14 de outubro de 2024

A mostra gratuita “O Povo Negro é o Meu Povo – Lita Cerqueira” chegará à Caixa Cultural de Salvador em 23 de outubro. A exposição reúne as principais obras da artista, que celebra os 50 anos de sua jornada na fotografia, e retrata a cultura e a vida do povo negro no Brasil. O projeto permanece em exibição até 20 de dezembro.

Com patrocínio da Caixa e do governo federal, a exibição aborda temas como ancestralidade e pertencimento. Organizada em sete núcleos, cada espaço reflete a visão de Lita Cerqueira como uma mulher negra que vive intensamente a cultura de seu povo. 

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A mostra revela um conjunto de observações, histórias e memórias, selecionado do acervo de mais de 50 mil imagens, com obras em preto e branco de uma das mais ecléticas produções fotográficas do fim do século XX e início do XXI.

Em “O Povo Negro é o Meu Povo – Lita Cerqueira, 50 anos de fotografia”, a artista compartilha com o público uma narrativa visual sobre a ancestralidade e celebra a cultura negra. A coordenação geral é assinada por Lu Araújo, enquanto a curadoria da mostra leva o nome de Janaína Damaceno. 

Lita Cerqueira é considerada a primeira fotógrafa negra da Bahia. Nascida em Salvador, Cerqueira iniciou sua trajetória ainda jovem, movida pela vontade de registrar e dar visibilidade às histórias de gente, muitas vezes, invisível. 

Aos 72 anos, a artista se consagrou como uma das primeiras mulheres pretas a se dedicar ao segmento. Lita Cerqueira, então, se destacou em um meio predominantemente masculino e branco, por meio do seu talento em capturar retratos da cultura e a vida do povo negro no Brasil.

Além de contar com trabalhos expostos na Pinacoteca de São Paulo e no Museu Afro Brasil, atualmente, a artista participa da mostra “Quilombo: vida, problemas e aspirações do negro”, em Inhotim, parte integrante da mostra dedicada a Abdias Nascimento. Também está nas mostras “Lélia em Nós”, no Sesc Vila Mariana em São Paulo, “Encruzilhadas da Arte Afro-brasileira” no CCBB de Belo Horizonte e na exposição itinerante “O que vem de dentro”, de Diógenes Moura.

Serviço:

Local: CAIXA Cultural Salvador
Endereço: Rua Carlos Gomes, 57 – Centro
Quando: 23 de outubro, até 20 de dezembro de 2024
Horário de visitação: 09h às 17h30 (terça a domingo)
Classificação indicativa: Livre
Entrada Gratuita

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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