A Mussambê Mostra de Cinema Afrobrasileiro apresenta 15 obras nacionais de curta, média e longa metragem, com destaque para cineastas como Joelzito Araújo; encontro também jogará luz sobre a produção de mulheres negras
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O mês de março será o grande momento para o público colombiano conhecer a produção de cinema afrobrasileiro dos últimos anos. Entre os dias 1 e 15, cinco sessões irão apresentar filmes na sala de cinema da Câmara de Comércio em Medellin.
Trata-se da Mussambê Mostra de Cinema Afrobrasileiro (Mussambê Muestra de Cine Afrobrasileño), uma parceria entre o coletivo Flor de Milho Quilombo de Artes (Brasil) e o Festival Internacional de Cine Comunitario Afro «Kunta Kinte» (Colômbia), com o objetivo de expandir as fronteiras territoriais do cinema negro produzido no Brasil, trazer ao público Colombiano um outro olhar sobre a identidade brasileira, difundir o cinema negras (os) nacional.
Serão exibidos 15 obras de longa, curta, média metragem entre documentários e ficções, produzidos em todas as regiões do País. Dentre os quais, os premiados Café com Canela (BA) de Glenda Nicácio e Ari Rosa, e Filhas do Vento (SP), de Joelzito Araújo. Dentre os curtas escolhidos, Motriz (BA), deThaís Amordivino, Rainha (RJ) de Sabrina Fidalgo e Monga – retrato do café (SE), de Everlane Moraes.
Filmes afrobrasileiros são destaque em festival na Colômbia (Foto: Divulgação)
Além da temática racial, a mostra buscou evidenciar a produção de mulheres, neste caso, mulheres negras, um segmento marginalizado durante muitos anos na produção cinematográfica. O filme Café com Canela, por exemplo, retrata com beleza e suavidade a história de superação do luto de Margarida, uma mulher que perdeu o filho e foi abandonada pelo marido, e encontra em uma ex-aluna (Violeta), uma luz possível para o escuro túnel da solidão.
A Mostra Mussambê contou com a curadoria de Inajara Diz. Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia e mestranda em Comunicação e Cultura Contemporânea, Inajara é pesquisadora do Laboratório de Análise Fílmica – Nanook, onde investiga performance, autorrepresentação, cinema negro e subalternidades no documentário.