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Quando completaria 42 anos, Marielle Franco vira personagem de história em quadrinhos

“O intuito é fazer com que a sua história seja conhecida pela nova geração e que essas meninas tenham em Marielle Franco uma referência para saberem que podem ser e fazer o que quiserem”, diz a irmã Anielle Franco

Texto: Juca Guimarães I Edição: Nadine Nascimento I Imagem: Reprodução

reprodução imagem história em quadrinho da Marielle Franco

27 de julho de 2021

O Instituto Marielle Franco e a editora Fundação Rosa Luxemburgo lançam hoje (27) uma história em quadrinhos, nos formatos impresso e digital, que conta parte da história de vida da vereadora Marielle Franco (PSOL), que faria hoje 42 anos. A trama da HQ ‘Marielle Franco – Raízes’ tem como foco sua trajetória no Rio de Janeiro em defesa dos Direitos Humanos.

Em todas as oportunidades possíveis, Marielle Franco gostava de dizer que era “cria da Maré”, em referência ao complexo de favelas da Maré, na zona Norte do Rio de Janeiro, onde ela viveu grande parte da sua vida com a sua família e amigos. Anielle Franco, irmã da vereadora, ajudou na elaboração da obra.

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“Estamos muito ansiosas para contar essa história de maneira linda, acessível e simples para todos que se sentirem tocados em ler. A gente vai trazer a Mari de forma leve. Pelo o olhar da família. Eu sou suspeita pra falar porque está bem bonita”, diz Anielle à Alma Preta.

A HQ será lançada às 15h, com uma live nas redes sociais do Instituto Marielle Franco com participações da irmã, do rapper Emicida e de Christiane Gomes, da Fundação Rosa de Luxemburgo.

A proposta dos quadrinhos é inspirar crianças e adolescentes negras com a história da menina favela e negra que conquistou os seus sonhos e lutou contra as desigualdades.

A Maré é formada por 17 favelas e tem cerca de 150 mil habitantes. Os primeiros moradores começaram a construir os primeiros barracos ainda nos anos 1940, porém, a prefeitura só reconheceu a região no final dos anos 80.

“O intuito é fazer com que a sua história seja conhecida pela nova geração e que essas meninas tenham em Marielle Franco uma referência para saberem que podem ser e fazer o que quiserem”, pontua Anielle.

Três anos sem Marielle

Marielle foi camelô, trabalhou em uma creche e se formou em Sociologia pelam Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Ela fez mestrado em Administração Pública na UFF (Universidade Federal Fluminense), em 2016. Sua publicação acadêmica ‘UPP – A redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro´ é uma referência para estudos sobre direitos humanos e segurança pública.

Nas eleições para as câmaras municipais de 2016, Marielle foi eleita vereadora com a segunda maior votação do país, foram 46.502 votos. Na votação geral, foi a quinta mais votada no Rio de Janeiro.

Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram executados na noite do dia 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro.

Na segunda-feira, 26, o Ministério Público do Rio de Janeiro anunciou o nome do promotor Bruno Gangoni para assumir a chefia da força-tarefa que investiga o caso, após a saída das promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile, que participavam da apuração desde o começo. Elas saíram alegando interferências externas nas investigações.

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