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Iphan firma parceria para registro de batuques quilombolas do Piauí

Iniciativa visa tornar os materiais levantados nas comunidades negras e quilombolas do interior do estado em Patrimônios Culturais do Brasil
A imagem mostra mulheres e homens negros dançando batuques, que manifestam a identidade e religiosidade de diversas comunidades do Piauí.

Foto: Tina Coelho/Acervo Iphan

25 de fevereiro de 2024

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Universidade Federal do Piauí (UFPI) estabeleceram um Termo de Execução Descentralizada (TED) com o intuito de realizar pesquisa, elaborar dossiê e produzir um vídeo documentário para subsidiar o registro dos batuques das comunidades negras e quilombolas do interior do Piauí como Patrimônio Cultural do Brasil.

Assinado em outubro de 2023, o TED conta com um investimento total de R$ 300 mil. Um grupo multidisciplinar de professores da UFPI, composto por antropólogos, etnomusicólogos e historiadores, iniciará em março uma pesquisa etnográfica com trabalho de campo, levantamento de documentação, registro audiovisual e elaboração de relatórios.

Além dos pesquisadores da universidade, o projeto contará com a participação de pesquisadores locais de seis comunidades quilombolas envolvidas: Mimbó (Amarante do Piauí), Volta do Campo Grande e Salinas (Campinas do Piauí), Curral Velho (São João do Piauí), Brejão dos Aipins (Redenção do Gurguéia) e Custaneira (Paquetá do Piauí).

Os batuques, presentes no Piauí desde o século XIX, são considerados formas de resistência cotidianas e expressões importantes da identidade cultural e religiosidade das comunidades locais. Manifestações como o Samba de Cumbuca, o Batuco, a Lezeira e o Pagode representam, por meio de versos, improvisos, melodias e danças, as tradições e vivências dessas comunidades ao longo do tempo.

O caráter performático dessas expressões culturais tem raízes nas tradições africanas e crioulas, sendo considerado um bem de referência cultural e identitária, que se renova e se atualiza ao longo das gerações por meio da memória e da oralidade.

O pedido de registro dos batuques, iniciado em 2017, fundamenta-se nos trabalhos realizados para a inclusão das comunidades quilombolas do Piauí no Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), realizado entre 2007 e 2012 com o apoio da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (CECOQ) e das próprias comunidades quilombolas.


Em nota oficial do Iphan, o instituto lista uma série de batuques das comunidades negras e quilombolas do interior do Piauí, registrados em documentários, confira.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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