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Livro sobre o Largo do Rosário resgata a memória negra de Belo Horizonte

Tótem sobre o Largo do Rosário, patrimônio cultural de Belo Horizonte (MG).

Tótem sobre o Largo do Rosário, patrimônio cultural de Belo Horizonte (MG).

— Reprodução/Ruas de BH

16 de fevereiro de 2025

Poucas pessoas que passam pelo cruzamento da rua da Bahia com a Timbiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, sabem que aquele local era conhecido como Largo do Rosário, antes mesmo da fundação da capital mineira. Ali ficava a Igreja do Rosário e um cemitério para o sepultamento de membros da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, responsáveis pela construção do Largo há mais de 200 anos.   

De acordo com pesquisas realizadas pelo professor, doutor e coordenador do Projeto NegriCidade, Padre Mauro Luiz da Silva, no século 19, este importante marco para a população negra foi destruído para a construção da capital mineira. Com isso, os então moradores foram forçados a se deslocarem para áreas periféricas da cidade.

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“Queremos que as pessoas conheçam a história do Largo do Rosário e de quem ajudou a construí-lo. Afinal, esse é um espaço de grande importância para a memória da população negra em BeloHorizonte e queremos devolver esse direito à memória”, aponta.  

O professor, doutor e coordenador do Projeto NegriCidade, Padre Mauro Luiz da Silva. (Foto: Samanta Coan)
O professor, doutor e coordenador do Projeto NegriCidade, Padre Mauro Luiz da Silva. (Foto: Samanta Coan)

Para isso, será lançado o livro “Largo do Rosário – Do Arraial dos Pretos à Cidade dos Brancos”, idealizado pelo Padre Mauro, um importante estudo sobre as transformações históricas e socioculturais do Largo do Rosário. A obra foi escrita a partir de minuciosas pesquisas realizadas pelo organizador e tem sido um meio de lançar luz às trajetórias de resistência e apagamento enfrentada pelas comunidades afrodescendentes na formação urbana de Belo Horizonte, desde o Arraial do Curral Del Rey até a cidade planejada.

“A publicação reúne os achados da minha pesquisa, iniciada em 2011, e traz à superfície vozes e presenças que foram silenciadas ao longo dos anos”, destaca Padre Mauro.  

Para o lançamento oficial da obra serão realizados três eventos abertos e gratuitos em BeloHorizonte: no dia 18, terça-feira, às 20h, no Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos (Muquifu); no dia 22, sábado, às 10h, no Auditório Generosa, Felicíssima e Nicolau do Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB); e no dia 23, domingo, às 10h, na Paróquia Santo Afonso de Ligório (confira os endereços abaixo). 

Segundo Emanuela São Pedro, coordenadora do projeto e Diretora Institucional da Agência de Iniciativas Cidadãs (AIC), organização responsável pela execução dos projetos da NegriCidade, os locais escolhidos para o lançamento do livro também têm uma importância histórica por reunirem pessoas das comunidades que outrora foram excluídas e relegadas às periferias.

“A ocupação do MHAB, no dia 22 de fevereiro, por exemplo, será muito mais do somente uma sessão de autógrafos e roda de conversa, estaremos ocupando um auditório dedicado à história, pesquisa e difusão do conhecimento sobre a capital mineira, em um casarão da antiga Fazenda do Leitão, construído em 1883, nos tempos em que BeloHorizonte era conhecida como Arraial do Curral del Rei”, destaca.  

Durante o lançamento no MHAB, os visitantes também poderão conferir a exposição “Generosa, Felicíssima e Nicolau – Nomes sem Histórias e Histórias sem Nomes”, que estará em exibição até 29 de junho de 2025. A mostra é realizada em parceria com o Muquifu e já rendeu frutos, como ressalta Padre Mauro.

“Além de termos conseguido promover essa mostra como forma de reconhecimento a essas pessoas escravizadas que dão nome à exposição, o museu também nomeou o auditório em homenagem a elas, o que destaca o simbolismo das narrativas na história do local e da própria cidade”. 

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