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Mangueira leva Mães de Manguinhos à Sapucaí em homenagem a vítimas da violência estatal

Escola encerrou primeira noite de desfiles carnavalescos no Rio de Janeiro exaltando a cultura bantu e dando voz a mães que perderam filhos para a violência policial
Mães de Manguinhos participam do desfile da Estação Primeira de Mangueira pelo Grupo Especial do Carnaval do Rio, na Marquês de Sapucaí, em 3 de março de 2025.

Mães de Manguinhos participam do desfile da Estação Primeira de Mangueira pelo Grupo Especial do Carnaval do Rio, na Marquês de Sapucaí, em 3 de março de 2025.

— Reprodução/Redes sociais

3 de março de 2025

A Estação Primeira de Mangueira encerrou os desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro, no último domingo (2), com um tributo às Mães de Manguinhos, coletivo formado por mulheres que perderam filhos vítimas da violência policial. O grupo desfilou em um carro alegórico, entoando versos do samba-enredo: “o alvo que a bala insiste em achar”.

A presença das mães na avenida emocionou o público e reforçou a denúncia sobre a letalidade policial nas favelas. O coletivo atua na luta por memória, verdade, justiça e responsabilização dos agentes envolvidos nas mortes de seus filhos. Além disso, realiza ações de acolhimento e fortalecimento de mulheres negras afetadas pela violência do Estado.

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Enredo exalta cultura bantu

Com o tema “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”, a Mangueira abordou a influência dos povos bantu na cultura afro-brasileira. A escola destacou práticas e tradições trazidas pelos escravizados e que seguem presentes na identidade cultural do país.

Estima-se que 80% dos negros desembarcados no Rio de Janeiro eram bantu, o que fundamentou a escolha do enredo. O desfile trouxe referências à musicalidade, religiosidade e costumes desse grupo, evidenciando o impacto de sua presença na formação da negritude carioca.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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