Na última semana (21), três manifestações culturais de Recife foram reconhecidas como patrimônios artísticos e cultuais imateriais municipais: a ciranda, o Maracatu de Baque Solto e o Maracatu de Baque Virado. Na ocasião, também foi declarado o Dia Municipal do Maracatu de Baque Solto, que será comemorado no dia 12 de novembro de cada ano.
O Maracatu de Baque Solto, também conhecido como Maracatu Rural, nasceu no período de escravização e possui ligação direta com as senzalas dos engenhos de cana-de-açúcar, local em que antigamente se tocava o maracatu. As apresentações costumam ser no período de Carnaval e Páscoa, no qual loas, sambas e galopes são acompanhados de uma orquestra de percussão e sopro.
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Já o Maracatu de Baque Virado, ou Maracatu Nação, também integra as celebrações carnavalescas e é apresentada na forma de um conjunto musical percussivo semelhante a um cortejo real, que celebra reis e rainhas africanos do antigo Congo. Nele, a orquestra é composta de caixas, taróis, gonguês e alfaias
Ambas as manifestações têm relação com os povos de terreiros, e trazem personagens importantes que remetem às entidades das religiões de matriz africana, como a Dama Calunga, do Maracatu Nação, ou o Caboclo de Lança, personagem central do Maracatu Rural.
A Ciranda, que já era considerada Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil desde 2021, também passou ser reconhecida como patrimônio municipal de Recife. A expressão cultural mescla música, poesia e dança de roda.