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MC Tha reverencia Alcione e religiosidade afro-brasileira em novo EP

A produção foi lançada em todas as plataformas de streaming nesta terça-feira (28), acompanhada de uma versão visual; “Eu fui arrematada por Alcione quando descobri o seu repertório de canções afro-religiosas", diz cantora

Imagem mostra a cantora MC Tha em fundo prata usando vestido preto, com correntes de prata na altura do busto, de cabelo preso com coque e alguns fios soltos, usando batom vermelho e luvas pretas

Foto: Imagem: Divulgação / Rodrigo de Carvalho

28 de junho de 2022

“Cantar e dançar pra saudar o tempo que virá, que foi, que está”, é o que diz a canção “Rito de Passá”, sucesso do primeiro álbum da cantora da Zona Leste de São Paulo, a MC Tha. Agora, a artista conecta o tradicional e o contemporâneo em um mesmo tempo, com versos sobre o sagrado e o profano no projeto transmídia “Meu Santo é Forte, que chegou às plataformas digitais nesta terça-feira (28). O EP, composto por cinco composições já entoadas pela voz da cantora Alcione, representa um mergulho profundo da artista em pesquisas e vivência com as religiões afro-brasileiras, mesclando estéticas e ritmos por meio do funk, tambores e pontos cantados. 

“Eu fui arrematada por Alcione quando descobri o seu repertório de canções afro-religiosas. Em 2016, passei a frequentar um terreiro de Umbanda e me apaixonei por uma música cantada nas giras. Quando pesquisei sobre, descobri que a música era interpretada por ela e não acreditei. Até este momento, só conhecia Alcione por meio das canções de amor”, relata MC Tha. 

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Juntamente com Mahal Pita, produtor musical e artista transmídia que assinou o novo trabalho, ela buscou redesenhar uma linha do tempo de volta à criação do funk mais percussivo e dos toques afros mais digitais. O “Meu Santo é Forte” fortalece a mensagem da conexão com os toques afro-religiosos, tocados nos candomblés, nas umbandas, morros e periferias, com ênfase ao toque Congo de Ouro, ritmo de origem angolana – que se assemelha ao vasto repertório afro presente em diversas expressões populares de resistência, como o Jongo. 

As composições selecionadas para guiar tais propostas foram “São Jorge”, “Figa de Guiné”, “Corpo Fechado”, “Afrekete” (produzida por MU540) e “Agolonã”, lançadas originalmente entre as décadas de 1970 até os anos 2000 – as três primeiras, respectivamente, ganharam na nova versão um coro especial da Comunidade Jongo Dito Ribeiro. Estas resgatam um desejo antigo de MC Tha de trazer Alcione, uma das mais notórias sambistas do país, para dentro do processo criativo como um caminho para refletir e relembrar as raízes ancestrais.

“Durante a feitura do projeto, tivemos algumas observações a serem levadas em consideração, pensando na importância deste projeto no atual Brasil. Temos um aumento alarmante de casos de preconceito religioso contra terreiros, a aliança entre organizações religiosas neopentecostais atuando em algumas favelas reprimindo o povo de santo, por exemplo”, acrescenta e analisa a MC. 

O mais novo projeto ainda se desdobra no programa “Clima Quente Show”, que apresenta uma experiência audiovisual protagonizada pela própria artista. Com a direção de Rodrigo de Carvalho e Vitor Nunes, o programa recebe artistas em desenvolvimento na cena atual da música brasileira e convida MC Tha para apresentar as canções do novo EP.

De forma fictícia e com um roteiro descontraído, desenvolvido pela cantora, o trabalho visual cria uma realidade em que o tempo se mistura e deságua na possibilidade de imaginar uma Alcione da época do programa Alerta Geral – onde recebia personalidades e sambistas na TV aberta.

Em conversa com a Alma Preta Jornalismo, MC Tha fala sobre a concepção do novo projeto, os receios de expressar as vivências na umbanda por meio da música, a falta de espaço em mídias tradicionais para divulgar as suas produções, além de pontuar o seu trabalho voltado a explorar as novas facetas do funk, seu ritmo base. Confira:

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(Créditos: Divulgação / Rodrigo de Carvalho)

ENTREVISTA

Alma Preta Jornalismo [APJ]: Desde o primeiro álbum, o “Rito de Passá”(2019), no som e na estética você traz muitos elementos da sua relação com a umbanda de forma muito contemporânea. Para o novo projeto, mesmo sendo regravações, o recorte escolhido para as músicas segue ligado à religiosidade. Dar essa “nova cara” ao falar sobre o tema durante sua trajetória musical, hoje, define a MC Tha? 

MC Tha: Acredito que define, sim. Desde quando eu comecei a cantar, eu sempre defini que a minha arte passaria muito pelas coisas que eu vivo, da minha vivência, e o terreiro e a umbanda fazem parte disso. Ironicamente, também faz parte disso o funk, de um lugar que descobri, enquanto cantora e compositora, que é um estilo musical e uma base que me ergue. Eu sou uma cantora que, embora tenha a liberdade de fazer outros trabalhos, eu estou sempre voltando lá no início, nessa minha base, que é o funk. Mais tarde chegou a umbanda na minha vida, a minha vivência dentro de um terreiro e lá eu voltei a encontrar o funk lá dentro, o que me possibilitou ter até um outro olhar. Teve uma entrevista que até comentei que as pessoas, depois que lancei o “Rito de Passá” reagem como uma grande surpresa de “meu deus, ela misturou o funk com música de terreiro, mas, para mim, as duas coisas são a mesma coisa. Acredito que o funk é um desdobramento da própria sonoridade que existe dentro da comunidade de terreiro. 

APJ: Por abordar os fundamentos e a sua relação com a umbanda, em algum momento você teve receio de como apresentar suas vivências artisticamente e de como o público iria receber? 

MC Tha: Todos os dias nós vemos casos de intolerância religiosa acontecendo no Brasil e os dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, por exemplo, registraram um aumento de violência contra as comunidades de terreiros, principalmente nesse período pandêmico. Desde o primeiro momento que eu comecei a entender que já fazia parte da casa [de axé], eu pensei e entendi como poderia me posicionar. A forma mais livre que eu pude arrumar foi a de não me esconder. Sou umbandista, frequento, essa é a minha religião e tenho seguido até hoje assim. Em contrapartida, as minhas vivências e o que fui pesquisando, estudando e entendendo dentro da religião foram chegando e dominando o meu trabalho também. Nesse processo, eu entendi a importância de termos espaço e de ter representantes que possam desmistificar tudo que é falado sobre. A gente não tem espaço para falar do terreiro, sobre a umbanda, sobre o candomblé, ou qualquer outra religião afro-brasileira ou afro-indígena. Quando aparece algo na mídia sobre nós, são essas matérias de que tal terreiro foi incendiado ou uma notícia recente bizarra de uma pessoa que perdeu uma visão, pelo vizinho ter entendido que ela estava ouvindo música de “macumba” e partiu para cima com um facão. Então, o meu novo projeto também tem essa importância de continuar fazendo esse link com “Rito de Passá”, de se aprofundar nesta pesquisa de músicas de terreiro, se referenciar e pontuar que, quando a gente fala de funk também, de qual referência que a gente está falando sobre onde o funk nasceu.

APJ: Levando essa bandeira do combate à intolerância religiosa, seguindo com o seu trabalho musical como resultado de suas vivências na umbanda, vem o EP “Meu Santo É Forte”, um trabalho de regravações de músicas afro-religiosas cantadas durante a carreira da cantora Alcione, um dos maiores nomes da música popular nacional. O interessante é que, assim como um dos fundamentos praticados nas religiões de axé, que é o respeito máximo pelos mais velhos e a valorização de se reverenciar neles, você também se reverencia à cantora. Como isso foi pensado? 

MC Tha: Isso que foi pontuado é bem interessante. Acredito que a Alcione, nesse projeto, está fundamentada exatamente nisso, de ser uma ancestral a qual a gente se volta e tenta trazer uma continuidade do trabalho que ela já plantou lá atrás junto com a MC Tha. Eu tenho dito que a MC Tha é a minha ancestral do futuro, a pessoa que vem trazer boas novas, que vem, de repente, me trazer uma visão lá da frente, que me dá coragem de subir no palco, por exemplo, e contornar a minha timidez. Então, essa união com a Alcione deu muito certo. Tanto que uma das falas que a gente usa [junto à equipe de produção do EP], é que tentamos imaginar uma MC Tha na época da Alcione e uma Alcione nos dias atuais, pensando também que as músicas dela que foram escolhidas já são músicas que são atuais e que mereciam ser trazidas de volta para fazer essa pano de fundo da pesquisa que já venho realizando, através do funk, das músicas de terreiro e toda essa investigação. Eu sou de um terreiro que, quando entrei, tinha cerca de vinte filhos e as pessoas eram mais velhas. Hoje em dia, a casa tem mais de cem filhos e eu arrisco dizer que, desse número, cerca de 80% são pessoas mais jovens. Então, acredito que esse projeto vem em um momento certo, de se ter uma música que seja contemporânea, que seja pop, que seja funk, mas que também remete à vivência de uma pessoa dentro de um terreiro. 

APJ: E sobre a pesquisa e escolha das faixas para regravar, foram canções que você já ouvia na adolescência ou que sua família colocava para tocar?

MC Tha: A minha família não é do samba. A minha família é toda nordestina, toda da Bahia e, por isso, eu cresci muito mais ouvindo música da região, como forró, baião, brega… Por isso, eu não passei muito pelo samba. Eu, claro, ouvia Alcione, na Cidade Tiradentes, que é o bairro onde fui criada, na Zona Leste de São Paulo, as músicas mais “romanticonas” dela [risos]. A primeira vez que eu tive contato com a obra afro-religiosa dela foi dentro do terreiro. A música “São Jorge” é uma música que a gente canta nas cerimônias, uma canção que sempre gostei muito de escutar e teve um dia que eu perdi o áudio dessa música por só ter um áudio gravado. Quando eu fui procurar no YouTube, vi que essa música era cantada pela Alcione e fiquei em choque [risos]. Depois disso, fiquei tendo mais contato com as outras músicas dela, essas mais voltadas para o afro-religioso. Mas a ideia de gravar esse EP é bem recente, começou em agosto de 2021, mais ou menos, quando eu falei de uma ideia pro Mahal Pita – que produziu e dirigiu o EP – de gravar alguma coisa dela e de refazer alguma capa de álbum dela. Acredito que isso se deu não por parecer com ela, mas esteticamente, por ela ter usado um “cabelão”, eu também, as maquiagens que ela usava, eu também. Depois disso, eu e Mahal fomos nos aprofundando e no mesmo dia já começamos com o EP, pensando até em quais músicas poderiam ser. Foi muito natural por já fazer parto do nosso universo. 

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APJ: E nesse processo de escolha e produção das regravações, você e Alcione conseguiram ter algum tipo de troca sobre o projeto?

MC Tha: A gente conseguiu falar com a produção dela, mostramos o EP pronto, mas até então, com ela não tivemos troca. Como esse projeto tem várias frentes, como o próprio ‘Clima Quente Show’, que é um programa de auditório, que fizemos referenciando aqueles programas de música dos anos 70, que é justamente para fazer essa alusão e criação de uma realidade que hoje não existe, que é um Brasil das pessoas pretas na TV, falando sobre suas vivências, cantando suas músicas. Então, quando eu trago esse programa, é meio que para ‘fechar com chave de ouro’ todo o EP. Isso refletindo também alguns questionamentos como ‘onde essas músicas podem tocar além da internet?’, ‘a gente vai ter espaço na TV para poder falar sobre o que queremos falar?’, dentro disso eu entendi que foi preciso fazer o meu próprio programa. O ‘Rito de Passá’, por exemplo, funcionou muito bem, foi bem recebido, mas eu nunca fui para a televisão cantar, sabe? Eu não sou convidada para programa de TV e de rádio, mas, pelo menos, nas entrevistas escritas eu arraso [risos]. A Alcione é tida como essa ancestral no trabalho, mas ela não é o resumo do projeto. Não é um ‘MC Tha canta Alcione’, é mais um ‘MC Tha reverencia Alcione para falar sobre intolerância religiosa, das comunidades de terreiro e trazer uma nova música para essa comunidade’. Além disso, é imaginar como funk seria se fosse mais voltado às comunidades afro-religiosas.

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(Créditos: Divulgação / Rodrigo de Carvalho)

“É um álbum de fortalecimento para a nossa fé e a nossa fé individual, sem pensar, exatamente, só em quem tem fé nos orixás, mas no todo, uma fé na vida”, adianta MC Tha sobre o novo ep, ‘Meu Santo É Forte’

APJ: Acompanhando os seus stories, durante a pandemia você decidiu sair de São Paulo e se mudar para Salvador. Dentro desse período, vem a produção do EP. Esse processo de se isolar em uma cidade diferente, com outras influências culturais e musicais, de alguma forma, influenciou no projeto?

MC Tha: Eu tô em Salvador há pouco mais de um ano. As pessoas perguntam como está sendo morar fora de São Paulo e eu explico que, pelo contexto pandêmico, eu só estou conseguindo vivenciar a cidade agora, sair agora e quando saio para fazer os shows. Mas já me trouxe trocas muito boas. O Mahal Pita é de Salvador, eu moro com ele, um artista transmídia, que trabalha em várias frentes e, principalmente, em produção musical, já colaborando com o BaianaSystem, com a banda A Massa e aí, quando a gente se juntou e me mudei, a gente começou a formatar tudo da MC Tha. Então, hoje em dia, tenho dois músicos que vão trabalhar comigo nos shows, ambos são de Salvador. Um deles é o Chibatinha, que toca com o ÀTTØØXXÁ e tem o projeto autoral dele, que foi muito especial para o EP. Junto com o Mahal, foi ele quem fez toda a pesquisa de guitarra e de cordas para trazer para dentro desses especial, pensando essas cordas em um lugar agro. Ele foi fundamental nesse projeto. A percussionista é uma mulher, Alana, que tem uma vivência em terreiro também e é de Salvador. As primeiras lives que fiz estando fora de São Paulo, inclusive, já foram com o Chibatinha, cantando pontos de umbanda e versões das minhas músicas em pagode e samba. Para esse projeto, foi importante ter artistas de Salvador, que são pessoas que já tem essa vivência percussiva e de terreiro. Eu sempre falo que a cidade é bem diferente por ser, para mim, um grande terreiro, não tem uma barreira. Em São Paulo, você vai à uma ‘gira’ e quando você sai, acabou. Você não consegue encontrar nada fora daquele espaço que consiga te representar. Em Salvador, você é lembrado o tempo inteiro, desde as guias penduradas no Uber até encontrar outras pessoas de santo na feira.

APJ: Você citou anteriormente a produção audiovisual que acompanha esse novo EP, que é o “Clima Quente Show”. Nele, é fácil identificar uma veia cômica sua, que é bem usada nos seus diálogos nas redes sociais e até nos shows. Mesmo trabalhando em cima de temas como religiosidade e vivências enquanto uma mulher de santo, você brinca com o humor para tratar sobre alguns temas. Como que isso ajuda na sua carreira musical e, para esse projeto, como o humor foi pensado? 

MC Tha: Eu nunca tive a pretensão de ser alguém que eu não sou de verdade. Tem gente que pergunta se a MC Tha é um personagem e eu acredito que não é. Ela só é aquela forcinha ali que me dá um gás, mas eu sei que sou uma artista que gosta de se permitir, de testar, a acertar, e o jeito que eu consigo abraçar tudo isso é usando meu lado divertido, de fazer piada comigo mesma, de não me levar a sério, sabe? Quando você não se leva a sério, não tem quem te leve a sério que vai conseguir te deixar para baixo. Eu sou taurina, valorizo muito o trabalho, gosto de fazer as coisas certas, também me frustro quando as coisas não saem do jeito que quero, mas, assim, depois de cinco minutos eu já falo ‘é isso que temos, então vamos’. Eu acho que é isso que me potencializa em algum lugar, porque a gente sabe que não é fácil ser artista independente, lidar com as redes sociais, que a gente tem que saber lidar hoje em dia. Por isso, tento levar as coisas pelo lado do humor que dá tudo certo. No ‘Clima Quente Show’ eu acabei incorporando isso. Quando pensei nesse projeto, foi muito na ideia que não fazia sentido fazer clipes para faixas de regravações e eu pensei em um material que eu pudesse ter um lugar para falar, para me mostrar mais, para falar do projeto, trazer umas brincadeiras e suavizar o nome do EP e retirar o sentido combativo, que é uma energia que eu trago, mas em outro lugar. Tento situar as pessoas sobre de forma equilibrada, sem que seja ‘dando soco’ nas pessoas. O “Clima Quente Show” traz a leveza para o projeto, sem ser “climão”. 

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(Créditos: Divulgação / Rodrigo de Carvalho)

“Eu nunca tive a pretensão de ser alguém que eu não sou de verdade”, afirma Mc Tha sobre a construção da carreira artística na música

APJ: E, para finalizar, o que o “O Meu Santo É Forte” mudou em você enquanto artista e que você acredita que conseguiu transparecer para o público que vai consumir essa nova fase?

MC Tha: Eu já estava falando em algumas entrevistas que o meu segundo álbum, que no caso não é esse, eu estava intuindo muito que passaria por um lugar de fortalecimento depois do que a gente passou, de quase dois anos sem conseguir trabalhar, privados da liberdade de alguma forma. Esses dias eu fiquei pensando sobre esse EP e eu entendi que ele é um começo disso. Acredito que, do começo ao fim, a gente conseguiu construir uma história, um clima, que eu acho que quando a pessoa chega na música final, ela se sente mais forte, mais feliz, mais alegre. Cada música tem uma emoção. É um álbum de fortalecimento para a nossa fé e a nossa fé individual, sem pensar, exatamente, só em quem tem fé nos orixás, mas no todo, uma fé na vida. 

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