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Minha luta é manter as portas abertas para outras mulheres negras, diz Erika Januza

Estrela da nova edição da revista Pop-se, atriz fala sobre ser um espelho para outras mulheres e diz não se calar diante do racismo

Texto: Redação | Edição: Nataly Simões | Imagem: Victor Affaro

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17 de fevereiro de 2021

A atriz Erika Januza revelou, em entrevista à quinta edição da revista Pop-se, que já se calou diversas vezes diante do racismo, mas que não abaixa a cabeça mais e que deseja ser inspiração para meninas negras que vêem nela a possibilidade de ter um futuro melhor.

“Já fui aquela que se calava diante do preconceito. E eu entendo quem se cala. É um tipo de violência que a gente não está preparada. Ele acontece do nada e só por causa da cor da sua pele. Hoje, entendo que o preconceito pode acontecer em qualquer lugar e eu não o deixo passar. Se for preciso, vou para a Justiça. Racismo é crime! E temos a lei para nos defender. Não me calo diante de racistas”, afirmou a artista.

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Para a publicação, a atriz participou de um ensaio fotográfico de Victor Affaro sob a direção criativa de Allex Colontonio e André Rodrigues e concedeu uma longa entrevista à editora Ana Paula de Assis, não se esquivando de perguntas sobre sua trajetória artística e o papel da mulher negra na sociedade, por exemplo.

“Entendi que muitas meninas negras veem em mim a possibilidade de se inspirarem e acreditarem que podem ter um futuro melhor. E é isso o que eu quero incentivar. Quero que elas sonhem e acreditem que podem ter o que desejam. Com muita luta e foco, mas é possível, sim”, destacou.

“Como mulher negra, a minha luta é manter as portas abertas para todas as outras que virão. Assim como fizeram no passado. Se hoje estou aqui é porque existiu uma Ruth de Souza, é porque existe uma Zezé Motta e eu quero preservar essa porta que elas abriram”, acrescentou Erika.

Segundo os publishers da revista Pop-se, ter a artista em sua capa era um desejo antigo da edição. “Compramos a ideia imediatamente e preparamos uma superprodução muito autoral, repleta de códigos de empoderamento, anti misoginia, anti racismo, bandeiras hasteadas desde o nosso primeiro número”, concluem Colontonio e Rodrigues.

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