O Museu do Futebol, localizado na Arena Pacaembu, em São Paulo (SP), reabre suas portas nesta sexta-feira (12) após mais de oito meses de reformas, trazendo um novo enfoque na diversidade, inclusão e acessibilidade. Com novas salas e recursos aprimorados, o museu agora dedica um espaço especial ao ex-jogador Edson Arantes do Nascimento, Pelé, e dá maior visibilidade ao futebol feminino.
Os visitantes são recepcionados logo na entrada pelo “Rei Pelé”, que faleceu em 2022. Ao final do percurso, a jogadora Marta, considerada seis vezes a melhor do mundo, se despede dos visitantes projetada em tamanho natural e falando em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e libras.
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Inaugurado em 2008 no estádio do Pacaembu, o Museu do Futebol sempre apresentou o esporte mais famoso do mundo como parte essencial da identidade nacional brasileira. No entanto, antes da reforma, a história do futebol feminino no Brasil não era devidamente representada. Agora, as façanhas de jogadoras como Marta ganham destaque, juntamente com ícones masculinos como Pelé, Garrincha, Ronaldinho e Neymar.
A reforma também trouxe a criação da Sala Pelé, dedicada exclusivamente à trajetória do atleta, com fotografias, vídeos e uma coroa que simboliza sua majestade no esporte.
Uma mulher tira fotos durante visita ao Museu do Futebol, em São Paulo, no dia 10 de julho de 2024. (Miguel Schincariol/AFP)
A presença feminina foi expandida em várias áreas do museu. Na Sala das Origens, imagens raras mostram mulheres brasileiras jogando futebol desde 1920, destacando a longa história do futebol feminino no país. A fachada do museu também foi decorada em preparação para a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027, que será realizada no Brasil.
Marília Bonas, diretora técnica do museu e uma das curadoras, destacou a importância dessa renovação. “O que vemos hoje é uma renovação em que as mulheres estão igualmente representadas aos homens no Brasil. O futebol feminino foi proibido por 40 anos e isso ajuda a explicar por que aqui, no país do futebol, o futebol feminino não é tão valorizado quanto o masculino“, disse à Agence France-Presse (AFP).
Além disso, a reforma aborda questões de direitos humanos, incluindo racismo e xenofobia, que são problemas presentes no futebol mundial. Leonel Kaz, outro curador do museu, afirmou: “É um museu da história do Brasil contada por uma paixão, o futebol. É um museu de uma história antropológica, sociológica e etnográfica do povo brasileiro.”
O Museu do Futebol oferece entrada gratuita às terças-feiras. Em comemoração à sua renovação, a entrada também será gratuita nos dias 12, 13 e 14 de julho. Para mais informações, visite o site oficial.