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Novo álbum do Senzala Hi-Tech resgata ancestralidade negra

Grupo de rap afrofuturista comemora 10 dez anos de carreira com o lançamento do álbum “Represença” nas plataformas digitais

8 de agosto de 2019

A banda afrofuturista Senzala Hi-Tech reforça a união do rap com a cultura afro-brasileira em seu álbum “Represença”, que será lançado nesta sexta-feira, 9 de agosto, em todas as plataformas digitais.

Com o objetivo de propor uma música brasileira mais leve e dançante, o novo trabalho do grupo traz influências musicais e culturais ainda mais condensadas, mesclando bases do rap futurista ao dub, samba, reggae e sons do continente africano.

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O produtor Minari conta que a ideia é unir esses ritmos sem abandonar a essência de militância da banda. “Vejo o Senzala como um instrumento de luta e comunicação em busca de equidade em um mundo cada vez mais injusto”, comenta.

Ele acrescenta que o grupo tenta trazer para a discussão não só a luta da comunidade negra, mas de todas as minorias. “Essa busca por união e vontade de quebrar paradigmas me mantem instigado a fazer parte desse projeto”, complementa.

Com oito faixas, sendo quatro inéditas, o álbum marca os 10 anos de existência do grupo. As canções compostas pelos vocalistas Diogo Silva e MC Sombra abordam a violência como geração de lucro, a conjuntura política do país e a liberdade do corpo.

Segundo Diogo Silva, as letras remetem à forma como o quarteto interpreta o meio em que vive. “É necessário que o país seja violento para que alguém possa vender segurança e é sobre isso que falamos: práticas antigas que ganham novas roupagens com novo personagens”, explica.

MC Sombra pondera que a banda faz o resgate dos valores do homem negro em situação de vulnerabilidade social. “É a continuidade das nossas ancestralidades nas músicas afroculturalmente falando”, afirma.

O Senzala Hi-Tech foi criado em São Paulo e colocou seu primeiro EP nas ruas em 2015, com seis faixas. Em 2016, o grupo foi finalista na categoria “Hip Hop” do Prêmio Profissionais da Música. No decorrer da carreira, o quarteto também participou de diversos festivais como o Afreaka e AfroMusic.

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