Conhecida por ser dona de uma voz singular, a cantora baiana Xênia França revelou durante bate-papo com o Guia Negro Entrevista como o racismo impactou na sua autoestima na infância.
“Em um contexto social onde os produtos vendidos não incluíam pessoas negras, era muito fácil identificar as meninas consideradas bonitas e eu não estava nesse grupo”, conta.
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Xênia lembra que a falta de representatividade fez com que ela entendesse que ser negra não era bom, mas que a música a ajudou a construir sua autoestima.
“A validação é algo que me fez esperar que outra pessoa dissesse que eu era bonita. Não há como viver mais em um mundo que valida a gente e o que o racismo diz ao meu respeito não me contempla”, afirma.
“A auto responsabilidade se faz necessária para que a gente consiga romper com esses ciclos de dor histórica e eu usei meu trabalho para ser o meu manifesto”, complementa.
A cantora lançou seu primeiro álbum solo em 2017 e foi indicada ao Grammy Latino do ano passado nas categorias “Melhor Álbum Pop Contemporâneo” e “Melhor Canção”, por sua música “Pra Que Me Chamas?”. Em fevereiro de 2019, ela foi capa da revista Marie Claire e recentemente também estreou no estúdio Colors.
Em sua conversa com o Guia Negro Entrevista, Xênia França também falou sobre religiosidade, sua trajetória na música, entre outros assuntos. Confira: