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Ocupação Jeholu representa religiões de matriz africana em discurso na ONU

Na ocasião inédita, o grupo afirmou que a cultura e tradição das religiões devem ser preservadas

Imagem: Reprodução/Acervo Pessoal

Foto: Imagem: Reprodução/Acervo Pessoal

6 de outubro de 2022

Junto à Conectas Direitos Humanos, a Ocupação Cultural Jeholu participou da 51ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), com um discurso de diálogo interativo da última segunda-feira (3). O racismo religioso no Brasil foi o tema central da denúncia apresentada na ocasião. 

Segundo Felipe Brito, diretor geral da Ocupação Cultural Jeholu, ao que tudo indica, é a primeira vez que a temática é levada à ONU.  Ele ainda diz que o Brasil precisa ser ativo na promoção da liberdade religiosa de pessoas adeptas às religiões de matriz africana. 

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“É preciso que o Estado Brasileiro seja ativo na promoção da plena cidadania de pessoas afrodescendentes, o que inclui a liberdade de expressar e praticar sua fé; e também a preservação dos seus locais de culto, de modo a garantir que sua cultura e tradição sejam preservadas, sua dignidade respeitada e seu compromisso com a justiça, a não discriminação e a democracia sejam afirmados”, afirmou Felipe. 

Outro trecho do discurso na ONU diz que o racismo estrutural perpassa todas as instituições de justiça e reforça a omissão do Estado brasileiro frente aos ataques contra pessoas adeptas de religiões de matriz africanas e seus locais de culto, bem como à apuração e responsabilização desse tipo de discriminação e violência.

A Ocupação Cultural Jeholu está há quatro anos promovendo arte, voz, música, e rodas de formação antirracista, com foco em despertar a consciência racial da população negra.

Leia também: ‘Jeholu: ocupação cultural completa quatro anos de luta antirracista por meio da arte’

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