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 ‘Quarto de Despejo’: clássico literário de Carolina Maria de Jesus vai virar filme

Projeto dirigido por Jeferson De ainda não possui data de estreia
Imagem em preto e branco mostra a escritora Carolina Maria de Jesus autografando uma de suas obras

Foto: Instituto Moreira Salles

1 de dezembro de 2023

Um marco da literatura negra, feminina e periférica brasileira, “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, de Carolina Maria de Jesus, uma das primeiras escritoras negras do Brasil, ganhará uma adaptação cinematográfica. O projeto será dirigido por Jeferson De. 

O anúncio da nova produção foi feita pela Globo Filmes na terça-feira (21), um dia após as celebrações do Dia da Consciência Negra no Brasil, data que marca o falecimento do líder quilombola Zumbi dos Palmares em 1695.

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Lançada em 1960 e editada pelo jornalista Audálio Dantas, a obra autobiográfica retrata a realidade opressora vivida pela autora na década de 1950, quando morava na favela do Canindé, em São Paulo. No livro, que reúne cerca de 20 de seus diários, Carolina relata os seus desafios na periferia como catadora de papel e mãe de três filhos: José Carlos, João José e Vera Eunice.

“Quarto de Despejo” vendeu mais de três milhões de edições e foi traduzido para 16 idiomas. Nele, a autora aborda temas como a fome, o machismo e o racismo na sociedade brasileira. A obra é tida como a mais importante de sua vida, que se encerrou em fevereiro de 1977, quando Carolina tinha 62 anos.

Considerada uma das maiores escritoras brasileiras do século XX, Carolina Maria de Jesus foi multiartista, cantora e escritora de contos, crônicas, letras de música e peças de teatro. Ao longo de sua trajetória, a autora também lançou mais três livros: “Casa de Alvenaria” (1961), “Pedaços de Fome” (1963) e “Provérbios” (1963).

A adaptação ainda não possui uma data prevista para estreia.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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