Conectar pessoas sempre foi algo natural para o empresário, comunicador e fotógrafo Roger Cipó, idealizador do projeto multiplataforma “Todo Dia História Negra”, que visa ressaltar histórias, trajetórias e contribuições valiosas de pessoas negras.
O programa de entrevistas em formato audiovisual e podcast, começou com a proposta de apresentar 30 entrevistas, uma para cada dia do mês, em formato de reels, ao longo de novembro, no Mês da Consciência Negra. No entanto, devido ao sucesso, o projeto será ampliado.
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Em entrevista à Alma Preta Jornalismo, Cipó compartilhou seu desejo de trazer outras narrativas para o universo da criação de conteúdo que vão além dos vídeos de um minuto presentes nas redes sociais.
“Não conseguimos conhecer ninguém em um minuto. Por isso, estou optando por vídeos mais longos e por trazer gente preta de todos os lugares, pois entendo que as histórias que precisam ser vistas não só as histórias daquelas pessoas que tem uma certa notoriedade pública ou milhões de seguidores”, compartilha o comunicador.
“Tem muita gente aí que não coleciona números na internet, mas que coleciona feitos interessantes, ou que está vivo, né? Porque nada mais potente para a nossa comunidade do que estar vivo, então essas histórias são importantes, todas elas”, diz.
Durante o mês de novembro, o programa atingiu a marca de mais de 230 mil visualizações em um único vídeo publicado no Instagram com a participação do cantor Rael. No total, a série já alcançou mais de dois milhões de espectadores.
Além do artista, na primeira fase do programa Roger Cipó recebeu nomes do meio artístico como a rapper Drik Barbosa, a psicóloga e ex-BBB Sarah Aline e o cantor e compositor Salgadinho, e pessoas anônimas, como o pesquisador Rafael Vieira, morador do Andaraí, bairro carioca, e responsável pela manutenção de microscópios na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Não é uma personalidade, mas alguém que tem uma contribuição importante, que existe”, ressalta.
Com conversas conduzidas pelo empresário, que mergulhou de cabeça no projeto 100% independente, o programa aborda os sonhos, trajetórias e pensamentos dos entrevistados em uma tentativa de humanizar essas histórias.
“Acho que ouvir é humanizar histórias e contar essas histórias em primeira pessoa é importante para criar um lugar de entrevistas onde as pessoas contam coisas que são mais importantes para si, sem performar um sucesso porque está lançando um novo disco porque tem milhões de seguidores”, conta Cipó.
Para o futuro, o comunicador compartilha que o principal objetivo é viajar por todo o Brasil para ouvir as histórias de pessoas negras ao redor do país e ampliar ainda mais o seu público. “A ideia é essa, chegar na casa de todos os brasileiros”, concui.
Ouça aqui os episódios na íntegra.