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Sandra Sá sobre maternidade: ‘Amamentei ao vivo no programa da Hebe, sempre foi natural’

O empresário Jorge de Sá ao lado de sua mãe, a cantora Sandra Sá.

Foto: Reprodução

12 de maio de 2024

Aos 68 anos, Sandra Sá tem uma extensa lista de conquistas como cantora, compositora, atriz e ativista, no entanto, ela considera que ser mãe de Jorge de Sá, ator e empresário de 39 anos, é, sem dúvida, a sua maior realização. Em entrevista à Alma Preta, mãe e filho se reuniram para falar sobre carreira, maternidade, sexualidade e projetos futuros.

Apesar da agenda cheia de shows na década de 1980, quando alcançou o sucesso nacional, a artista amamentou o filho até os dois anos. Ela cuidava dele sem babá, apenas com a ajuda de sua mãe, dona Jurema.

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“Estar no estúdio gravando com o meu filho no colo foi a coisa mais incrível”, relembra Sandra. “Ele nasceu quase junto com o LP (Retratos e Canções 1986), então com menos de três meses ele já estava voando comigo, porque eu não ia deixar de amamentar. Então vinha ele e minha mãe”, conta. 

Questionada sobre os preconceitos relacionados à maternidade em plena ascensão de sua carreira, a cantora enfatiza que nunca se abalou. 

“Foi uma coisa sempre muito natural, como eu gosto e como eu sou. Sem ter apavoramento. A gente se ama, a gente quer fazer o melhor possível e ele está aí, há 40 anos comigo. Só acrescenta tudo. É uma força que você tem quando você tem um filho, se a minha mãe e meu filho estivesse junto, eu fazia [tudo]”, compartilha.

Apesar de diversas mulheres e organizações lutarem para naturalizar a amamentação, muitas mães ainda sofrem preconceito quando precisam dar de mamar em ambientes abertos ao público. Sandra enxerga o exemplo como uma ferramenta importante para combater a intolerância.

“Com 15 dias, se eu não me engano, levei ele ao primeiro programa de televisão, foi o programa da Hebe Camargo. Ele e a minha mãe estavam no camarim, a gente fazendo o programa e eu vendo que a hora dele mamar estava quase chegando. No intervalo, Hebe me perguntou se tinha problema em amamentar ele ali mesmo, entramos ao vivo e amamentei, sem problemas”, relata orgulhosa.

“Eu acho legal você ter na sua consciência, na sua alma, que você está fazendo uma coisa legal, eu acho legal explanar isso para as pessoas sentirem. Porque se de repente tem alguma pessoa pensando o contrário, que está se martirizando por um lance e de repente, ser natural é o grande lance”, diz Sandra.

“O ambiente é o que cria o nosso DNA”

Sobre crescer com outros amigos famosos de Sandra e sua rede de apoio, que contou com a família de Cazuza, padrinho de Jorge, o empresário compartilha que tudo sempre foi muito natural em sua formação.

“O ambiente é o que cria o nosso DNA. Eu acho que não apenas na barriga, mas também na fase de crescimento. O meu ambiente, foi um ambiente de música, de criatividade, de positividade, de fracassos e sucessos e aprendizados, então fez quem eu sou hoje e cada pessoa é feita da sua vivência na infância”, afirma.

“Viver com a minha mãe, conhecer pessoas incríveis da música, celebridades que, para os meus amigos eram pessoas que eles viam na televisão, para mim, era uma pessoa que eu abria uma porta em casa e a pessoa estava lá. Tudo isso criou uma normalidade para mim”, continua Jorge.

Para o empresário, a real diferença é sentida no modo como ele interage com a arte e a música, pois crescer nos bastidores foi natural. 

“A diferença mesmo, é o ritmo. Então eu me tornei um cara muito musical, mesmo sem trabalhar com música. Eu toco bateria, mas porque eu gosto. Eu me tornei um cara que gosto de falar de música e gosto de qualquer tipo de música. Então eu tenho certeza que isso vem desse berço, de fazer show ali na barriga, de estar na Hebe Camargo com 15 dias de vida, vem desse lugar”.

Assista à íntegra da entrevista e inscreva-se no canal da Alma Preta no YouTube: 

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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