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Sarau das Pretas une poesia e releituras de marchinhas de carnaval

6 de fevereiro de 2018

CarnaPretas – Diversão sem preconceito tenta desconstruir estereótipos de festa popular

Texto / Divulgação
Imagem / Elaine Campos

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Unindo a poesia ao Carnaval, o Sarau das Pretas lança, nesta quarta-feira (7) o CarnaPretas- Diversão sem preconceito no Sesc Santo André às 19h. A entrada é gratuita e as artistas unem-se para a desconstrução dos estereótipos e preconceitos transmitidos através das tradicionais marchinhas. A apresentação terá também acompanhamento de banda. O mesmo espetáculo será apresentado no Sesc São Caetano no próximo dia 16 de fevereiro às 20h.

A montagem, que surgiu aos um convite do Sesc Santo André, é composta com poemas, paródias e músicas autorais tem como objetivo mostrar que é possível se divertir sem ser preconceituoso. A concepção e roteiro são de Débora Garcia e a direção compartilhada com Jô Freitas e Renato Gama.

“Na hora aceitamos o desafio, pois uma característica marcante do Sarau das Pretas é a disposição de se reinventar. Criar este espetáculo está sendo uma experiência completa, desde a pesquisa para a construção das personagens, a elaboração do roteiro, do cenário, a composições de músicas e poesias”, enfatizou a criadora do sarau, Débora Garcia.

Assim como ela, as demais integrantes do Sarau das Pretas acreditam que durante o Carnaval é possível exercer a liberdade sem favorecer um ambiente no qual estereótipos e preconceitos sejam reforçados, desrespeitando as pessoas. “Acreditamos que é possível conciliar diversão com uma postura consciente”, disseram as poetas.

Sarau das Pretas Corpo Ellen Faria

Sarau das pretas (Foto: Ellen Faria)

O espetáculo foi estruturado a partir das tradicionais marchinhas de carnaval, que atualmente tem o seu contexto questionado. A partir das musicas Olha a Cabeleira do Zezé e Maria Sapatão, de João Roberto Kelly; O teu cabelo não nega, de Lamartine Babo, foi construído um roteiro para provocar reflexão sobre as mensagens dessas músicas, não censurá-las. O espetáculo também resgata o contexto histórico do Carnaval brasileiro, e nesse sentido, a marchinha “Ó abre alas” da maestrina Chiquinha Gonzaga, também compõe o repertório.

Além das paródias feitas por Débora Garcia e Jô Freitas, o espetáculo traz poemas novos compostos especialmente para esse trabalho.

“Não foi fácil escrever poemas sobre o carnaval, demandou pesquisas e uma imersão nesse universo, do qual tenho certo distanciamento. Aceitei o desafio e escrevi dois poemas inéditos, estou animada em começar um ano com trabalhos novos. Tenho certeza de que o público vai aprovar”, destacou Elizandra Souza.

Essa também será a primeira vez que o Sarau das Pretas se apresenta com uma banda. Normalmente, o coletivo se apresenta com percussão e vocais, mas para ambientar o público em um baile de carnaval, optaram por trabalhar com uma minibanda. Jô Freitas montou o casting de músicos, que será formado pela percussionista residente Taissol Ziggy na caixa, Mayra Almeida no saxofone e Camila Silva no cavaquinho.

“Desenvolver essa proposta foi um grande desafio, mas o resultado está ficando incrível. E para alinhar todas essas ideias, contamos com o apoio do grande ator e musico Renato Gama. As expectativas são as melhores”, acrescentou Jô Freitas.

Serviço:

CarnaPteras – Diversão sem preconceito

07/02/2018 às 19h – SESC Santo André

16/02/2018 às 20h – SESC São Caetano

Entrada franca

Mais informações: www.saraudaspretas.com

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