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Spike Lee e Pantera Negra fazem história no Oscar

25 de fevereiro de 2019

A noite também foi importante pelo recorde de maior número de prêmios para profissionais negros em toda história da premiação

Texto / Simone Freire
Imagem / Rerodução

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Três anos após Spike Lee iniciar uma onda de boicote ao Oscar, uma das grandes premiações cinematográficas estadunidenses, pela falta de representatividade na premiação, o diretor volta à cena fazendo história.

Spike Lee foi vencedor na categoria Roteiro Adaptado por seu último filme lançado chamado Infiltrado na Klan, que conta a história do policial Ron Stallworth que, em 1978, conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan no estado de Colorado (EUA).

 

 Em seu discurso no Oscar 2019, Spike Lee celebrou sua ancestralidade e sua história:

“A palavra hoje é ironia. Hoje é 24 de fevereiro, o mês mais curto do ano. Também é o mês do ano da história negra. 1619… Há 400 anos nós fomos sequestrados da África e trazidos para a Virginia, escravizados. A minha avó, que viveu até 100 anos de idade, apesar de sua mãe ter sido escrava, conseguiu se formar. Ela viveu anos com seu seguro social, e conseguiu me levar para a universidade NYU. Diante do mundo, eu gostaria de reverenciar os ancestrais que construíram esse país, e também os que sofreram genocídios. Os ancestrais que vão ajudar a voltarmos a ganhar nossa humanidade. As eleições de 2020 estão chegando, vamos pensar nisso. Vamos nos mobilizar, estar do lado certo da história. É uma escolha moral. Do amor sobre ódio. Vamos fazer a coisa certa”.

 

 
 
 
 
 
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Em seu discurso no Oscar 2019, Spike Lee celebra a sua ancestralidade e sua história: ” “A palavra hoje é ironia. Hoje é 24 de fevereiro, o mês mais curto do ano. Também é o mês do ano da história negra. 1619… Há 400 anos nós fomos sequestrados da África e trazidos para a Virginia, escravizados. A minha avó, que viveu até 100 anos de idade, apesar de sua mãe ter sido escrava, conseguiu se formar. Ela viveu anos com seu seguro social, e conseguiu me levar para a universidade NYU. Diante do mundo, eu gostaria de reverenciar os ancestrais que construíram esse país, e também os que sofreram genocídios. Os ancestrais que vão ajudar a voltarmos a ganhar nossa humanidade As eleições de 2020 estão chegando, vamos pensar nisso. Vamos nos mobilizar, estar do lado certo da história. É uma escolha moral. Do amor sobre ódio. Vamos fazer a coisa certa” . ? ABC #spikelee #oscar2019 #oscarblack

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Pantera Negra

A noite também foi importante pelo recorde de maior número de prêmios para profissionais negros em toda história da premiação, rotineiramente criticada pela falta de representatividade e racismo nas produções.

Foram sete estatuetas ao todo: Regina King (atriz coadjuvante por “Se a rua Beale falasse”), Mahershala Ali (ator coadjuvante por “Green Book: O Guia”), Kevin Willmott (roteiro adaptado por “Infiltrado na Klan”), Peter Ramsey (animação por “Homem-Aranha no Aranhaverso”) e a premiação de Spike Lee.

Celebrado no mundo todo, o filme Pantera Negra também premiou dois profissionais negros: Hannah Beachler, em direção de arte, e Ruth Carter por figurino. O longa metragem garantiu os primeiros Oscars da Marvel Studios, levando também a estatueta de Melhor Trilha Sonora.

O filme “Green Book: O Guia”, que relata a amizade entre um motorista racista e um músico negro, venceu como Melhor Filme.

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