Produção deve ser lançada em 2020; obra faz uma longa pesquisa acerca da sociedade brasileira escravista do século XIX
Texto / Simone Freire
Imagem / Divulgação
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Mais de dez anos após sua publicação, a premiada obra “Um Defeito de Cor”, da escritora Ana Maria Gonçalves, uma longa pesquisa acerca da sociedade brasileira escravista do século XIX, será adaptada em minissérie pela Rede Globo.
“Vai sair em 2020. Conversei com a Maria Camargo [roteirista], não quero acompanhar, não tenho desapego o suficiente. Uma das coisas que consegui conversar com eles foi de ter uma equipe feminina e negra, e isso tem. Temos dois homens negros, uma mulher negra e mais um homem e duas mulheres brancas”, se orgulha. A produção conta ainda com consultoria de Nei Lopes e pesquisa de Eduarda Azevedo.
“Um defeito de cor” é narrado por Kehinde, que até os oito anos de idade vivia em Savalu, África. Após a morte da mãe e do irmão, ela, junto da avó e de Taiwo, sua irmã gêmea, viajam sem rumo e chegam a Uidá. Nessa cidade, as três são capturadas e jogadas em um navio negreiro com destino ao Brasil. Ao fim da viagem, Kehinde é a única sobrevivente da família.
Após longa jornada de idas e vindas, derrotas e vitórias, Kehinde, já velha, conta a sua história, que se confunde com grandes épicos da literatura universal.
Sobre a autora
Ana Maria Gonçalves nasceu em Ibiá (MG) em 1970. Trabalhou com publicidade até 2001, quando se mudou para Ilha de Itaparica e escreveu “Ao lado e à margem do que sentes por mim” e “Um defeito de cor” (Editora Record), ganhador do Prêmio Casa de las Américas (Cuba, 2007).
Já publicou em Portugal, Itália e nos EUA, onde ministrou cursos e palestras sobre relações raciais e fez residência em universidades como Tulane, Stanford e Middlebury. Mora em São Paulo, onde escreve também para teatro, cinema e televisão.
*Com informações de A Crítica.