Além da categoria de Diversidade, eleita por um júri especializado, “Atunko” concorre na categoria Voto do Popular, aberta ao público no site do festival Rio WebFest
Texto: Redação | Edição: Nataly Simões | Imagem: Vanderlei Yui
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A indicação à 6ª edição Rio WebFest, maior festival de webséries do mundo, chegou para a produção de “Atunko”, composta por cinco mulheres negras integrantes do bloco Ilú Obá De Min, como uma surpresa boa. A série concorre nas categorias de Diversidade, eleita por um júri especializado, e na de Voto do Popular.
Para Daiane Pettine, diretora da websérie, essa indicação já é um prêmio porque aponta caminhos possíveis a serem seguidos para o projeto. “Seguimos na certeza de que esses produtos são fundamentais, pois nossa luta é pra que não sejamos reconhecidas apenas na prateleira da diversidade”, afirma.
Da necessidade de compartilhar e eternizar as transformações internas das mais de 400 mulheres que compõem o bloco afro Ilú Obá De Min, surgiu a websérie gravada, dirigida e editada de forma totalmente independente.
Valorizando a autonomia de mulheres negras narrarem a própria história, os 17 episódios, disponíveis no YouTube, revelam transformações das integrantes a partir dos ensaios para o cortejo de carnaval, falando sobre ancestralidade, tambores, afetos, belezas, migrações, rua e resistência.
Equipe de produção da websérie: Josi Lima – Redação, Ju Rosa – Produção, Daiane Pettine – Direção e Edição, Carolina Michaella – Entrevistas, Maíra Berutti – Comunicação. (Foto: Bia Carmo)
“Atunkọ Ilú Obá De Min Websérie nasce neste lugar, de observar e mostrar o que acontece nos ensaios do Ilú Ọbá De Min, com um olhar de dentro para dentro. É resultado de um processo construído de forma totalmente independente e sem nenhum patrocínio, nesse projeto piloto. Sendo um produto artístico realizado com o motor que nos move que é o amor por esse bloco, e por essas mulheres”, destaca a diretora.
O bloco de carnaval é um dos projetos da Instituição de Arte, Educação e Cultura Negra Ilú Obá De Min, que trabalha com a cultura afro-brasileira, a referência aos orixás e o empoderamento feminino através do tambor. Há 15 anos o bloco abre o carnaval de São Paulo. Todos os anos, o tema homenageia uma personalidade negra, principalmente mulheres. Em 2020, a homenageada foi Lia de Itamaracá, com o tema “Lia de Itamaracá, cirandar entre a areia e o mar”.