“O mundo é diferente da ponte pra cá”. A geografia da maior cidade da América Latina, São Paulo, é simbólica para explicar muitas das desigualdades étnico/raciais no país. Os rios Tietê e Pinheiros rasgam o município e delimitam não só a região central, como também as periferias paulistanas. Caminhar em direção aos extremos norte, sul, leste, ou oeste de São Paulo é ver cidade e rostos se enegrecerem.
Trajeto, local e povo silenciados pelos meios de comunicação tradicionais. Pior. Quando não se calam sobre o que acontece nas periferias, reproduzem preconceitos. Se o mundo é diferente da ponte pra cá, essa realidade precisa ser discutida e pautada por quem viveu e vive nesse contexto.
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A proposta do Alma Preta é promover uma cobertura do que acontece nas periferias do Brasil e desmistificar os preconceitos existentes. Para além da morte, há vida e para além da violência, há cultura.
O enegrecer da comunicação e da mídia passa pelo protagonismo da periferia. É aqui onde está a maior parte da população preta. As mudanças sociais deste país sairão daqui, por meio do protagonismo periférico e do entendimento das quebradas, afinal, o que trataremos nesta editoria é “muita treta para Vinícius de Moraes”.