Entre os brancos, o número ficou em 42%; Na população parda há 31% de aprovação
Texto / Lucas Veloso I Edição / Pedro Borges I Imagem / Reprodução
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São as pessoas pretas as que menos aprovam o governo de Bolsonaro, conforme apontou pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta segunda-feira, 8. É a menor porcentagem na comparação com brancos, 42%, e pardos, 31%.
De maneira geral, o levantamento apontou um país dividido após um semestre sob o comando de Jair Bolsonaro (PSL). Para 33% dos entrevistados, o governo é ótimo ou bom, enquanto outros 33% avaliam seu trabalho como ruim ou péssimo. O terço restante, 31% considera que o presidente teve desempenho regular.
Bolsonaro tem taxa de aprovação mais alta entre homens (38%), mais velhos, com 60 anos ou mais (37%), e ricos, com renda superior a 10 salários (52%).
Em comparação com o mesmo período de governo entre outros presidentes, em primeiro mandato, a pesquisa mostra que a aprovação a Bolsonaro está no mesmo nível de Fernando Collor (34%).
Fernando Henrique Cardoso (PSDB), no final de junho de 1995, era aprovado por 40%, e reprovado por 17%. Seu sucessor, Lula (PT), tinha 42% de ótimo ou bom, e 11% de ruim ou péssimo. Com 49% de aprovação, Dilma Rousseff (PT) foi a mais popular nos primeiros seis meses à frente da Presidência no período pós-redemocratização.
Regionalmente, Bolsonaro é mais popular na região Sul (42% de ótimo ou bom), e tem aprovação abaixo da média no Nordeste (25% de ótimo ou bom). De 0 a 10, a nota média atribuída pelos brasileiros à presidência, até o momento, é 5,4, sendo que nos extremos da escala, 17% dão nota 0 ao presidente, e 11%, nota 10.
O estudo também mapeou os principais problemas do país. Entre os respondentes, 19% citam violência/segurança como área mais problemática. No mesmo patamar, com 18%, aparece a área da saúde, e na sequência, educação, com 15%.
Foram realizadas 2.086 entrevistas em todo o Brasil, distribuídas em 130 municípios. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.