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Bancada Feminista pede plebiscito sobre privatizações do Metrô, CPTM e Sabesp

Objetivo do plebiscito é ouvir se a população de São Paulo é a favor ou contra a privatização das empresas públicas
A codeputada Simone Nascimento na rua.

Foto: Victoria Alves

3 de outubro de 2023

A Bancada Feminista do PSOL, mandato formado por cinco mulheres negras, apresentou um projeto de plebiscito na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para debater as privatizações de serviços propostas pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e que levaram servidores da CPTM, do Metrô e da Sabesp a entrarem em greve nesta terça-feira (3).

A codeputada Simone Nascimento considera que o plebiscito é uma forma de conscientizar a população sobre o tema das privatizações e de maior participação do povo. Para ela, a greve convocada pelos trabalhadores é legítima.

“A greve é muito importante para chamar atenção da população para o fato de que o governador Tarcísio quer privatizar três grandes empresas públicas do estado sem sequer abrir o debate com os cidadãos e as cidadãs que pagam imposto e dependem desses direitos básicos”, afirma, em entrevista à Alma Preta.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), por exemplo, é uma empresa pública responsável pelo abastecimento de água de 375 municípios paulistas.

“No mundo todo, água privatizada significou escassez de direitos e há processos de reestatização. No Rio de Janeiro, privatizar o abastecimento piorou muito a vida da população. Em Minas Gerais e no Rio, onde o metrô foi privatizado por completo, as tarifas são abusivas. Aqui no estado de São Paulo a vida já está muito cara, o salário mínimo quase não dá conta das tarifas atuais, somada aos aluguéis e alimentação, o governador deveria pensar em combater a pobreza e não dar lucro aos empresários”, complementa a codeputada da Bancada Feminista.

O projeto de plebiscito tem como objetivo perguntar se a população de São Paulo é a favor ou contra a privatização das companhias públicas. Os detalhes do plebiscito seriam definidos por regimento interno, criado pela própria Alesp.

Para a paralisação desta terça-feira, os servidores do Metrô e da CPTM propuseram catraca livre para não impedir as demais categorias de se locomover pela cidade de São Paulo. A proposta não foi aceita pelo governo.

“A greve é um direito legítimo dos trabalhadores. O governo já publicou qual vai ser o modelo de privatização da Sabesp e das linhas do Metrô e da CPTM. A população tem o direito de se posicionar sobre o assunto. A população sabe que a privatização significa a precarização do serviço”, destaca a codeputada Paula Nunes, em suas redes sociais.

  • Pedro Borges

    Pedro Borges é cofundador, editor-chefe da Alma Preta. Formado pela UNESP, Pedro Borges compôs a equipe do Profissão Repórter e é co-autor do livro "AI-5 50 ANOS - Ainda não terminou de acabar", vencedor do Prêmio Jabuti em 2020 na categoria Artes.

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