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Carol Iara, candidata a vereadora, propõe uma São Paulo com saúde e trabalho para a população LGBT

Candidata pelo PSOL à Câmara Municipal da maior cidade do Brasil, Carol Iara fez carreira política na Bancada Feminista, onde defendeu políticas pelos direitos de grupos minorizados e marginalizados
Carol Iara, candidata à vereadora pelo PSOL em São Paulo.

Foto: Dylan Gayer

5 de outubro de 2024

Carol Iara, do PSOL, faz parte dos mais de mil candidatos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a disputa por uma das 55 cadeiras na Câmara Municipal de São Paulo.

Com experiência no cenário político como codeputada estadual da Bancada Feminista — eleita em 2022 com aproximadamente 250 mil votos — a candidata à vereança chega às eleições 2024 com a promessa de contribuir para a construção de uma cidade com garantia de acesso à saúde e mais oportunidades de trabalho para a população LGBTQIAPN+, além da comunidade negra e periférica.

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Criada na Zona Leste, Carol Iara é mestra em Ciências Sociais, poeta e nas eleições municipais anteriores, de 2020, foi eleita como covereadora de mandato coletivo, modelo de candidatura que ganhou popularidade naquele ano. Ao longo dos últimos quatro anos, como covereadora e codeputada, atuou na defesa de políticas focadas nos grupos minorizados e marginalizados.

“A minha candidatura sendo abertamente de uma mulher intersexo, negra, periférica, travesti, LGBTI+, positHIVa e candomblecista na corrida eleitoral, não é apenas um passo adiante na luta pela visibilidade, mas também um testamento da crescente aceitação de que a diversidade de gênero e sexual existe, resiste e deve ser reconhecida e representada nos mais altos níveis de tomada de decisão. 2024 é o ano das travestis na política”, diz a candidata, em seu comunicado sobre a campanha eleitoral.

Em entrevista à Alma Preta, Carol Iara falou sobre os desafios que observa para o avanço da capital paulista, como a vereança pode combater o racismo, o que pretende levar adiante de sua experiência na Bancada Feminista e o que pode ser feito pela população trans, um dos grupos mais afetados pela violência no país. Confira:

Alma Preta: Quais são os maiores desafios que a candidata enxerga na cidade?

Carol Iara: São Paulo, como a maior cidade do país, é também uma das que mais concentra os problemas do nosso Brasil, sintetizados na desigualdade social e na falta de cuidado com as pessoas, o que afeta especialmente o povo negro e periférico.

É urgente que o Estado se responsabilize pelas pessoas, pelo povo trabalhador, pelas pessoas em situação de rua, por quem precisa do SUS, os povos de terreiros e as LGBTQIAPN+. Ao mesmo tempo, temos outros desafias correlacionados, como as iniciativas de adaptação às mudanças climáticas.

Alma Preta: Quais são as principais propostas da candidata?

Carol Iara: Defender q proteção às LGBTQIAPN+ e auxílio aluguel para vítimas de violência, cotas trans nos serviços públicos, reforçar a rede de proteção ao HIV e enfrentar o estigma, proteção aos povos de terreiros, impedir implantação das escolas cívico-militares, defender o SUS e os serviços públicos 100% públicos contra as privatizações, tarifa zero para mobilidade ser um direito real, defender as iniciativas de adaptação, mitigação e redução de emissão de gases nocivos e combater o racismo ambiental. Colocar a periferia no centro: defender mais oportunidades de trabalho dignos, apoio às iniciativas de cultura periféricas e fiscalizar e denunciar a violência policial racista.

Alma Preta: Como a vereança pode incidir na luta contra o racismo?

Carol Iara: Em primeiro lugar, resistindo às investidas da direita/extrema direita contra o povo negro, como os projetos que ampliam o controle social e a criminalização das periferias, ou defesa da impunidade da violência policial.

Junto disso, utilizar os mecanismos legislativos, como projetos de lei, requerimentos de informação, ofícios, audiências públicas etc., para serem pontos de apoio à mobilização do movimento negro e sua visibilidade.

Alma Preta: Você foi uma parlamentar que se destacou na sua atuação na Bancada Feminista na Alesp. O que você pretende levar desta experiência para a vereança?

Carol Iara: Toda a minha experiência, dos êxitos e dos desafios, eu carrego comigo, são parte do que sou hoje como candidata à vereança. Mas destaco a importância do diálogo e relações com os movimentos sociais. Isso é o que fortaleça à atuação de uma parlamentar.

Alma Preta: Na sua avaliação, o que pode ser feito em âmbito municipal pela comunidade trans de São Paulo?

Carol Iara: São Paulo é a cidade mais trans do Brasil. Mas segue sendo uma cidade insegura e hostil a pessoas trans. Quero colocar o meu futuro mandato à serviço de quatro pontos fundamentais: defender possibilidades de trabalho digno para pessoas trans, como cotas trans no serviço público, resgatar e visibilizar a história trans de São Paulo, fazendo justiça às trans e travestis e suas contribuições para a cidade, defender o direito à saúde de pessoas trans, em todos os aspectos, o que inclui também a saúde sexual e as demandas de cuidado para processo de afirmação de gênero.

  • Nataly Simões

    Jornalista de formação e editora na Alma Preta. Passagens por UOL, Estadão, Automotive Business, Educação e Território, entre outras mídias.

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