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Caso Genivaldo: “Não fiscalizo capacete do presidente”, diz ministro da Justiça

O ministro Anderson Torres e o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, relativizaram a morte de Genivaldo afirmando que “não se via a mesma comoção com o assassinato de policiais”. 

A foto é uma montamgem que mostra Jair Bolsonaro e Lula em campanha

Foto: Imagem: Reprodução

15 de junho de 2022

“Não cabe à PRF e ao Ministério da Justiça dizer o que o presidente deve ou não fazer. Se ele está sem capacete, outra instância é que cuida”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, em audiência pública que discutia o caso de Genivaldo Santos. O homem negro foi torturado e morto por policiais rodoviários federais por não utilizar capacete ao pilotar uma moto. O fato aconteceu em Umbaúba (SE), no dia 25 de maio.

Torres e o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, prestaram esclarecimentos nesta quarta-feira (15), em reunião chamada pela Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, presidida pelo deputado Orlando Silva. Na ocasião, eles relativizaram a morte de Genivaldo ao afirmarem que “não se via a mesma comoção com o assassinato de policiais”. 

“A gente precisar dar o mesmo valor a todas as vidas no Brasil. Na semana anterior [à morte de Genivaldo], morreram dois policiais rodoviários federais e não vi essa reação aqui, não foi convocado aqui para poder falar sobre isso”, ressaltou o ministro lembrando da morte de Márcio Hélio Almeida de Sousa e Raimundo Bonifácio do Nascimento Filho, em Fortaleza. 

Já Vasques apontou que milhares de abordagens são realizadas pela PRF sem resultar em mortes. Por isso, a morte de Genivaldo seria um “caso isolado” e totalmente reprovável pela corporação.  

Ao ser cobrado pela punição dos policiais Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia, acusados pela morte do rapaz, Torres se ateve a dizer que “a Justiça já avaliou o caso” negando o pedido de prisão dos agentes. 

“Em relação à prisão ou não dos policiais, essa decisão já foi avaliada pela Justiça Federal, que negou a prisão. A reação da comissão em relação a esse fato, nós entendemos, respeitamos, tanto que estou aqui sem ser convidado”, afirmou. A audiência foi realizada a despeito da negativa do presidente da Câmara, Arthur Lira, para a convocação do ministro Anderson Torres.

Silvinei Vasques alegou ainda que os agentes estão em casa, sem armamento ou fardamento, e sem acesso ao sistema da PRF. Ele falou também que os profissionais da polícia têm aulas de Direitos Humanos de maneira “transversal” durante todo o curso de capacitação, apesar das disciplinas específicas para esse fim terem sido extintas, segundo os parlamentares.

Leia mais: Diretrizes para programa de governo de Lula preveem combate ao genocídio da juventude negra

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