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Erika Hilton será candidata à Presidência da Câmara dos Vereadores de São Paulo

30 de dezembro de 2020

Votação para a mesa diretora acontece em 1º de janeiro, após a posse do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores

Texto: Redação | Edição: Nataly Simões | Imagem: Nelson Almeida

A vereadora eleita Erika Hilton (PSOL), primeira transexual e a mais votada, tomará posse na Câmara Municipal de São Paulo no dia 1º de janeiro e será candidata à Presidência da casa. O anúncio foi feito pelo partido após decisão unânime e com o apoio do ex-candidato a prefeito Guilherme Boulos.

A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal é realizada no mesmo dia da posse do prefeito Bruno Covas (PSDB), do vice-prefeito Ricardo Nunes (MDB) e dos vereadores. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o favorito para a vaga é o vereador do Democratas, Milton Leite, com apoios que devem ir do PSDB ao PT.

Segundo o PSOL, que costuma lançar candidatos próprios para a presidência da casa, Erika levantará políticas voltadas para testagem e vacinação contra a Covid-19, complementação do programa Renda Paulistana, obras para geração de empregos e revogação de aumentos salariais para o poder executivo – como o ocorrido com o prefeito Covas, que terá um aumento de quase 50% no salário a partir de 2021.

Além disso, a parlamentar pretende tornar os espaços da Câmara mais inclusivos, com comissão permanente de Direitos Humanos e cotas para parlamentares negros e mulheres em cada uma das Comissões Legislativas.

“Nossa oposição será alinhada por coerência com as propostas que defendemos durante o pleito e pelo compromisso com aqueles que acreditaram em nosso projeto de uma cidade mais humana e solidária e sobretudo antirracista”, afirma Hilton.

Na eleição deste ano, o PSOL triplicou sua bancada na Câmara de São Paulo, passando de dois para seis vereadores. Elaine Mineiro, vereadora e integrante do mandato coletivo Quilombo Periférico, considera importante ocupar a mesa diretora do poder legislativo de forma estratégica.

“É nessa cadeira [da presidência] que se decidem os rumos que a administração da maior metrópole do país vai tomar, apontando quais projetos de lei serão colocados em pauta para votação, quais projetos do executivo serão apreciados e como serão formadas as comissões dentro da correlação de forças políticas que compõem o legislativo municipal, entre outras atribuições”, destaca Elaine.

“Para além da representatividade é muito importante que tenhamos uma mulher preta, trans e de origem periférica não só ocupando uma cadeira na câmara, mas protagonizando e liderando as nossas lutas históricas por justiça social na principal cadeira de um legislativo historicamente formado e dirigido por oligarquias patriarcais”, complementa.

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