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Haddad tem 7% de vantagem sobre Bolsonaro entre os eleitores pretos

12 de outubro de 2018

Entre os brancos, a vantagem de Bolsonaro sobre o candidato petista é de 16%, segundo pesquisa Datafolha

Texto / Pedro Borges
Imagem / Ricardo Stuckert

Fernando Haddad (PT) abre 7% de vantagem sobre o candidato Jair Bolsonaro (PSL) na disputa para o 2° turno das eleições entre os eleitores pretos. Segundo a pesquisa Datafolha publicada em 10 de Outubro, 19% dos eleitores pretos apoiam o petista, enquanto 12% desse eleitorado diz votar no representante do PSL.

Entre os pardos, a preferência por Fernando Haddad se mantém, com a intenção de voto de 38% desse eleitorado, contra 33% para Jair Bolsonaro, o que configura uma diferença de 5%. Pretos e pardos compõem o grupo racial negro, de acordo com o IBGE.

O perfil racial dos entrevistados pelo Datafolha foi composto por 39% de brancos, 35% de pardos, 15% de pretos, 5% de morenos, 3% de amarelos, 2% de indígenas, outros tiverem 1%, e não sabem 0%. Diferente do que aponta o IBGE, que trabalha com apenas cinco categorias, o instituto de pesquisa da Folha de S. Paulo colocou como opção a autodeclaração “moreno”.

Em contrapartida, os eleitores brancos dão a Jair Bolsonaro uma vantagem de 16%. O candidato do PSL atinge a marca de 46% entre esse eleitorado, enquanto Fernando Haddad marca 30%.

O grupo autodeclarado moreno também dá vantagem para Fernando Haddad, com 7% do eleitorado para o petista, e 4% para o postulante ao cargo de presidente da república do PSL. Os amarelos se dividem de maneira igual, com 3% de votos para cada candidato, enquanto os indígenas também preferem Haddad, com 2% dos votos, contra 1% para Jair Bolsonaro.

A pesquisa, contratada por Folha de S. Paulo e rede Globo, ouviu ouviu 3.235 pessoas em 227 municípios e tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

Rejeição de Bolsonaro entre os negros

Jair Bolsonaro foi julgado em Setembro e absolvido, por declaração de cunho racista. Na ocasião o presidenciável fez piadas e promessas contra as comunidades quilombolas e indígenas em diálogo no Rio de Janeiro, no Clube Hebraica.

“Não vai ter um centímetro demarcado para reserva indígena ou quilombola”, afirmou.

O deputado estadual ainda relatou em tom irônico sua visita a uma comunidade quilombola, disse que o “afrodescendente mais leve lá, pesava 7 arrobas. Não fazem nada. Nem para procriar servem mais”.

A iniciativa Afrodescendentes e Política realizou em 2017, entre 17 e 27 de novembro, uma pesquisa que abarcou 1067 eleitores negros da cidade de São Paulo. O estudo explorou candidatos, pautas e partidos mais alinhados e ou mais rejeitados pela população negra.

Dados da pesquisa revelou que entre os candidatos mais rejeitados pelos participantes estão o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) com 75,5%, o atual governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) com 71% e o prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB) com 69,3%.

Nomes como aparecem como preferência de votos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (22%) e Fernando Haddad (21,5%), ambos do Partido dos Trabalhadores (PT).

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