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MNU repudia convocação de manifestação em defesa de Bolsonaro e contra o Congresso

2 de março de 2020

No dia 25 de fevereiro, o presidente da República usou sua conta no WhatsApp para divulgar ato; protesto organizado por grupos de direita está marcado para 15 de março

Texto / Redação | Edição / Simone Freire | Imagem / Rafaela Felicciano

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O Movimento Negro Unificado (MNU) repudiou a convocação para manifestação em defesa do governo de Jair Bolsonaro e contra o Congresso Federal, planejada por grupos de direita para 15 de março.

Em comunicado, o movimento de resistência criado no período da ditadura militar destacou o artigo 85 da Constituição Federal que considera como crime de responsabilidade manifestações contra instituições do Estado Democrático de Direito, como o Parlamento e o Supremo Tribunal Federal (STF).

“O Movimento Negro Unificado surgiu combatendo o racismo e a violência genocida contra a juventude negra em plena Ditadura Militar, instalada no Brasil com o golpe de 1964 e que implantou um regime de terror sobre a população em geral, particularmente sobre a população negra. Em 41 anos de existência, o MNU tem lutado por uma verdadeira democracia racial e, nesse momento, repudia e se levanta contra a ameaça à democracia e à Constituição movida pelo atual presidente do país”, diz a nota.

Ainda segundo o movimento, Jair Bolsonaro representa “uma grande ameaça à Constituição Federal, ao Estado Democrático de Direito, aos Direitos Humanos e às conquistas civilizatórias”.

A convocação

No dia 25 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro usou sua conta pessoal no WhatsApp para divulgar a correligionários a convocação de uma manifestação em defesa de seu governo.

Após a repercussão negativa do vídeo, que recebeu críticas de diferentes setores da sociedade, Bolsonaro foi às redes sociais e, sem desmentir a divulgação do vídeo, atribuiu as críticas a tentativas de tumultuar o país.

“Tenho 35 milhões de seguidores em minhas mídias sociais (Facebook, Instagram, YouTube e Twitter), onde mantenho intensa agenda de notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. Já no WhatsApp tenho algumas poucas dezenas de amigos onde, de forma reservada, trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República”, declarou o presidente, nas redes sociais.

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