Candidatos do campo progressista nas eleições municipais de São Paulo estão trazendo uma nova dinâmica para a disputa pela Câmara dos Vereadores, com a inclusão de candidaturas ligadas a movimentos sociais por moradia. Nomes como Débora Lima, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Carmen Silva, do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC), e Raimundo Bonfim, da Central dos Movimentos Populares, estão entre os candidatos que visam representar as organizações sociais na Câmara Municipal.
Débora Lima, a primeira presidenta negra da história do PSOL-SP, tem uma longa trajetória no MTST, no qual ingressou há mais de 12 anos. Ao lado de Guilherme Boulos, Débora participou de ocupações para garantir moradia e, hoje, coordena nacionalmente o movimento, que já entregou mais de 15 mil casas nas periferias. Ela também é fundadora das Cozinhas Solidárias, um projeto que alimentou mais de quatro milhões de pessoas desde a pandemia.
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Carmen Silva é uma figura central no MSTC, movimento que atua especialmente no Centro de São Paulo com a Cozinha Ocupação Nove de Julho, na qual realiza eventos culturais e vende almoços solidários. Já Raimundo Bonfim tem uma longa trajetória com a Central dos Movimentos Populares, desde 1986, é advogado e também é candidato pelo PT. Ele faz parte da chapa de vereadores apoiada por Guilherme Boulos, candidato do PSOL para a prefeitura da capital paulista.
Em nota à imprensa, Débora Lima destaca a importância da Câmara dos Vereadores de São Paulo ser ocupada por movimentos sociais que lutam junto ao povo por melhores condições de vida, moradia e dignidade.
“Como candidata do MTST e das Cozinhas Solidárias, tenho o orgulho de representar um povo de luta que, em mais de 25 anos de atuação, já fez mais pelas periferias de São Paulo do que muitos governantes. Quero ser o primeiro mandato sem teto da Câmara dos Vereadores para que o direito à moradia seja prioridade no orçamento da cidade e para combater a bancada da especulação imobiliária”, afirma Débora.
O primeiro turno das eleições municipais de 2024 está previsto para o dia 6 de outubro. Nessas eleições, os eleitores escolhem prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em suas respectivas cidades. No caso de São Paulo, 55 vereadores serão eleitos para a Câmara Municipal, sendo o número de cadeiras determinado pela população do município.
Os vereadores eleitos propõem, discutem e votam em projetos de lei que podem melhorar a vida das pessoas na cidade, como questões de educação, saúde, transporte e moradia. Além de fazer leis, os vereadores também têm o papel de verificar se o prefeito está fazendo um bom trabalho e usando o dinheiro público de forma correta. Se algo estiver errado, eles podem cobrar explicações e pedir mudanças.