Movimentos sociais, sindicais e populares articulam uma série de manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Goiânia para relembrar os atos golpistas de 8 de janeiro que completam um ano na próxima segunda-feira. Os protestos denominados “Democracia Inabalada” estão previstos para acontecer na Avenida Paulista, região central de São Paulo, a partir das 17h e na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro.
Em Brasília, as manifestações devem acontecer no dia anterior para que não haja uma divisão no ato marcado pelo governo no Congresso Nacional, que deve reunir movimentos sociais e os presidentes dos três Poderes. Na ocasião, além dos discursos, o governo planeja a entrega simbólica de um exemplar da Constituição Federal de 1888 que foi roubada no Supremo Tribunal Federal (STF) durante os ataques.
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Nas redes sociais, o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, fez uma chamada aberta para que os coletivos se unam para ocupar as ruas em defesa da democracia para além de um ato institucional. Para ele, essa data não pode ser esquecida, pelo contrário, deve ser relembrada para que não haja outras tentativas de golpe.
Organizações como a Frente Povo Sem Medo, a Frente Brasil Popular e o Movimento Negro Unificado (MNU) já confirmaram presença nos atos em defesa da democracia.
Mesmo sem identificação de ameaças à segurança do evento, cerca de dois mil policiais militares do Distrito Federal farão o patrulhamento ostensivo em Brasília. O número é quase quatro vezes maior que no ano passado durante os ataques, quando 580 PMS foram empregados na Esplanada dos Ministérios, segundo o relatório da Comissão Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os atos golpistas.
Relembre o caso
Em 8 de janeiro de 2023, uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), insatisfeitos com o resultado das eleições, invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes na capital federal. Em poucas horas, os bolsonaristas destruíram patrimônio público e vandalizaram áreas internas dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF.