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“N\u00e3o matou ‘ningu\u00e9m’ porque Bolsonaro n\u00e3o nos considera humanos”

15 de abril de 2019

Cerca de 400 manifestantes participaram de ato em memória a Evaldo dos Santos, assassinado com 80 tiros; três jovens foram presos durante o ato deste domingo (14)

Texto e Imagens / Pedro Borges

O assassinato de Evaldo dos Santos, com 80 tiros de fuzil no Rio de Janeiro, dia 7 de abril, motivou uma manifestação por parte do movimento negro em São Paulo realizada neste domingo (14).

A partir das 14h, os cerca de 400 manifestantes começaram a se reunir no vão livre do Masp para protestar. Presente no ato, Douglas Belchior, professor da Uneafro Brasil, disse que é importante que o movimento negro apresente uma resposta ao assassinato de Evaldo e criticou a atuação do governo federal em relação ao caso, principalmente a declaração do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“O Estado brasileiro é responsável pelas mortes. Eles ficaram dias sem se posicionar. Quando Bolsonaro falou, disse que o Exército não matou ninguém. Não matou ‘ninguém’ porque Bolsonaro não nos considera humanos. Nós, enquanto maioria do povo brasileiro, precisamos nos organizar”, afirmou.

ato 80 tiros pedro borges 2

Paula Nunes, integrante do Coletivo Afronte, o fato simboliza a continuidade da política de Estado do país de imposição do genocídio negro, o que exige participação política dos movimentos sociais. “80 tiros para a gente significa uma grande humilhação. Vindo do Exército significa uma política de Estado para nos exterminar. Para nós, estar aqui é chorar a morte, mas move a potência do movimento negro”, disse.

A manifestação foi articulada por diferentes organizações do movimento negro. e se encerrou por volta das 18h em frente ao Escritório Geral da Presidência, na Avenida Paulista.

Prisão e apreensão

Três jovens, incluindo um menor de idade, foram revistados e presos por policiais durante o ato por carregarem maconha. Eles foram levados para a 78 DP. O adolescente foi encaminhado para a Fundação Casa, para a coleta de digitais. Os outros dois jovens foram enquadrados por consumo de maconha. Os três foram liberados na mesma noite. As advogadas Ana Paula Freitas e Fernanda Elias prestaram assistência durante o caso.

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