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Contra PEC da Câmara, movimento negro cobra retorno do auxílio de 600 reais

Deputados federais terminam de votar a proposta nesta quarta-feira (10); Talíria Petrone, do PSOL, lembra que os preços dos alimentos têm subido e auxílio de 250 não é suficiente

Texto e imagem: Roberta Camargo | Edição: Nataly Simões

auxílio

10 de março de 2021

A Câmara dos Deputados termina de votar nesta quarta-feira (10) a PEC Emergencial 186/2019, proposta de emenda à constituição que prevê medidas de controle de gastos públicos e a liberação de R$ 44 milhões para novas parcelas de auxílio emergencial. Organizações do movimento negro se posicionam de forma contrária à medida e cobram manutenção do benefício de renda básica no valor de R$ 600 até o fim da pandemia.

Segundo o governo federal e declarações do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), o valor do auxílio deverá ser de R$ 250, em quatro parcelas mensais. “Em vez de apresentar soluções para a crise, vota-se arrocho salarial e um auxílio pífio de R$ 250, com o gás custando R$ 100 e o preço dos alimentos subindo”, lembrou a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), durante seu voto contrário no primeiro turno na terça-feira (9).

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A Coalizão Negra por Direitos, articulação que reúne centenas de entidades do movimento negro e da sociedade civil organizada, foi às ruas no último mês para cobrar ações do governo que contornem os efeitos da crise sob a população mais pobres.

“Nós não aceitamos a política proposta que o Bolsonaro propõe de R$ 200, nem a do R$ 250 do Congresso por quatro meses. Nós queremos R$ 600 até o final da pandemia, é o mínimo que a população vulnerável merece, é o único recurso que algumas pessoas têm para não passar fome”, destacou o educador Douglas Belchior, da UneAfro Brasil, uma das organizações que compõem a articulação.

Com a hashtag #600SemDesmonte, as pessoas defendem nas redes a necessidade da pandemia ser contida sem precarizar os serviços públicos essenciais. A Coalizão também criou uma campanha para garantia de um auxílio com valor digno até que toda população seja vacinada contra o novo coronavírus e o país esteja livre da pandemia.

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